Vasco e Botafogo se enfrentaram, nesta quarta-feira (27), em São Januário, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Na ocasião, o Glorioso saiu na frente do placar com um gol de cabeça de Arthur Cabral. Após o lance, o ex-jogador Roger Flores apontou uma vantagem estratégica no confronto.
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Durante a transmissão da partida pela "TV Globo", o comentarista chamou atenção para a diferença de estatura da defesa do Vasco em comparação aos atacantes rivais Arthur Cabral e Chris Ramos. A dupla botafoguense é mais alta que os zagueiros Hugo Moura e Lucas Freitas, do Cruz-Maltino.
- O jogo hoje é muito estudado, tem muita estratégia, se tem professores de todos os lados enxergando o que pode acontecer. A defesa do Vasco é de baixa estatura, se você tem no elenco dois atacantes altos, com capacidade de buscar essa bola por cima, e pelo lado jogadores com a qualidade de fazer essa bola cruzada com o trajeto perfeito fica fácil - iniciou o comentarista, antes de completar:
- Com sete minutos, o Arthur (Cabral) já tinha cabeceado sozinho uma bola que passou perto. Depois, ele marcou. O Vasco tem que entender esse tipo de jogo e ter uma marcação individual na defesa. Se não dá para marcar o adversário por cima, que eles sejam inteligentes o suficiente para deslocá-los sem cometer falta. Porque se não, vai ser um Deus nos acuda - concluiu.
A jogada que originou o gol do Botafogo no confronto foi justamente pelo alto. Alex Telles recebeu na ponta esquerda e rapidamente realizou um cruzamento preciso na direção de Arthur Cabral. O camisa 98 subiu mais alto que a defesa do Vasco para marcar de cabeça. Veja o lance abaixo:
Como foi Vasco x Botafogo?
📝 Texto: Leonardo Bessa
Estádio cheio, festa linda da torcida do Vasco em São Januário para um dos jogos mais importantes da temporada, Alvinegros respondendo no campo e paz. Receita perfeita para um grande confronto. E a primeira etapa mostrou todo o equilíbrio de um clássico no mata-mata.
No início, a estratégia de Davide Ancelotti deu certo. Chris Ramos e Arthur Cabral na frente aumentaram força e estatura e, com sete minutos, Cabral aproveitou cruzamento que veio da esquerda e cabeceou como manda o manual: para baixo, com força. Sem chance para Léo Jardim. A formação, no entanto, foi perdendo potência ao longo do primeiro tempo.
Isso porque o Vasco também aproveitou o jogo aéreo para empatar com Jair, no segundo pau, depois de levantamento de Nuno Moreira. Com o Glorioso tendo dois centroavantes e lados com Artur e Montoro, faltava o meio-campo. Aí o Cruz-Maltino levou a melhor e produziu as melhores chances, obrigando John a trabalhar.
Fernando Diniz lançou a equipe da casa para marcar em bloco alto, pressionando e anulando a saída de bola do Botafogo, um dos pontos altos do trabalho de Ancelotti. Nos primeiros movimentos, o Gigante da Colina desperdiçou três chances claras, parando em ótimas defesas de John.
Davide, então, sacou Chris Ramos do time e chamou Savarino, que alternou com Montoro entre esquerda e meio. Assim, o Botafogo voltou a ter a bola e passou a assustar no terço final, mas com seu artilheiro, Arthur Cabral, muito isolado.
As trocas de ambos os lados esfriaram a partida. O Botafogo esboçou jogadas profundas no fim, mas sem sucesso. O Vasco, por sua vez, perdeu poder de criação com a saída de Philippe Coutinho. O empate em 1 a 1 foi decretado ao apito final do árbitro Anderson Daronco.