Chamar treinador de futebol de "professor" no Brasil é um clássico. Jogadores, dirigentes e outros profissionais do meio costumam se referir aos técnicos nas entrevistas daquela forma. Mas a tradição brasileira ainda surpreende quem vem de fora.

➡️Com base do Brasil definida, Ancelotti tem poucas dúvidas a oito meses da Copa

Um que ainda não se acostumou com o termo é o técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti. Nos treinos da Seleção Brasileira, nas entrevistas dos jogadores e até mesmo nas referências feitas pelo presidente da CBF, Samir Xaud, o italiano é chamado de “mister”. E ele mesmo já disse que prefere que seja dessa forma.

— Eu gosto mais de ser chamado de mister. Professor me parece algo importante demais —, declarou Carlo Ancelotti no final de agosto, em entrevista a Paulo Vinícius Coelho, o PVC.

Treinadores portugueses com passagem pelo futebol brasileiro foram chamados da mesma forma. Jorge Jesus, no Flamengo, e Artur Jorge e Renato Paiva, no Botafogo, sempre foram “mister”. O termo tem origem inglesa, significa “senhor” e é uma demonstração de respeito na relação entre jogadores e técnicos no futebol europeu.

Por que técnicos de futebol são chamados de ‘professor’ no Brasil?

A origem do uso de professor para se referir a treinadores do País não é datada, tampouco há alguém que possa ser apontado como aquele que fez isso pela primeira vez.

Mas o significado da palavra e as funções de um técnico de futebol, ou de outro esporte coletivo, ajudam a explicar a preferência do termo pelos jogadores brasileiros.

O Dia do Professor é comemorado em 15 de outubro desde 1947, e se transformou em feriado escolar no País todo por meio do Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963.

À época de Flamengo, Jorge Jesus também disse que prefere ser chamado de mister (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
Siga o Lance! no Google News