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Conmebol notifica Facebook, e influencer que viralizou com Pedro deve ser barrado nos próximos jogos

Negrete&nbsp;correu junto dos jogadores para comemorar o gol da vitória do Flamengo sobre o Corinthians&nbsp;<br>

Negrete comemora gol de Pedro, na última terça-feira, no Maracanã (Foto: Reprodução/Twitter)
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A Conmebol acionou a Meta, empresa que detém o Facebook, pelo comportamento de influenciadores digitais durante a partida entre Flamengo e Corinthians, partida que foi realizada no Maracanã, na última terça-feira, pela Libertadores. A situação gerou cartas abertas de cobranças à Conmebol por parte de duas associações de cronistas. A informação foi publicada inicialmente pelo "O Globo" e confirmada pelo LANCE!.

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O L! apurou que a situação foi reprovada pela unidade disciplinar da entidade sul-americana, que impôs advertências. Pivô de todo o debate, o humorista Negrete não deverá mais estar apto a ficar atrás dos gols na atual edição da competição.

O humorista viralizou nas redes sociais durante a comemoração do gol do atacante Pedro, do Flamengo. Negrete estava no gramado graças a um credenciamento do Facebook, por isso a notificação foi para a empresa Meta. 

Vale ressaltar que a presença deste e de outros personagens revoltou a Associação de Cronistas Esportivos do Brasil (ACEB) e a Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo (Aceesp), que pediram esclarecimentos à entidade sul-americana. 

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Detentora dos direitos de transmissão da Libertadores, a empresa Meta já havia feito ações em que coloca influenciadores para acompanhar as partidas de dentro do campo e gerar conteúdo.

Procurado pelo LANCE!, o Facebook informou que não irá comentar o caso neste momento.

Veja a carta na íntegra da ACEESP:

Prezados Senhores,

Temos visto, repetidamente, nos jogos da Copa Conmebol Libertadores, a presença de pessoas no entorno do gramado vestidas com coletes de imprensa da competição como se fossem profissionais trabalhando, e não são. São os chamados torcedores digitais, que, sem temor algum, gravam vídeos abraçando jogadores e comemorando gols, como se estivessem na arquibancada. Ou seja: são torcedores dentro de campo, oficializados pela competição.

A imprensa credenciada (jornalistas, radialistas, fotógrafos, cinegrafistas) segue normas rígidas de comportamento nos estádios, sobretudo os que precisam acessar o campo (os das emissoras detentoras de direitos), não podendo fazer imagens para redes sociais particulares. No entanto, torcedores digitais o fazem e se orgulham de exibir as imagens que deveriam ser de uso exclusivo dos detentores de direitos.

Radialistas, que desde o século passado fazem esse trabalho com profissionalismo e competência, são retirados do entorno do gramado sob o argumento de se “limpar a imagem” do campo; mas é permitida essa nova modalidade de divulgação do evento.

Caso essa nova modalidade de torcedores digitais se estabeleça, sugerimos que ela seja normatizada e os convidados sejam identificados com coletes específicos. Precisamos dessa diferenciação para que esses convidados não sejam confundidos com os profissionais de imprensa credenciados.

Em nome da crônica esportiva brasileira, pedimos providências e aguardamos pronunciamento da Conmebol.

Veja a carta na íntegra da ACEB - Associação de Cronistas Esportivos do Brasil

Carta à Conmebol

São Paulo, 11 de agosto de 2022

Prezados Senhores,
Temos visto, repetidamente, nos jogos da Copa Conmebol Libertadores, a presença de pessoas no entorno do gramado vestidas com coletes de imprensa da competição como se fossem profissionais trabalhando, e não são. São os chamados torcedores digitais, que, sem temor algum, gravam vídeos abraçando jogadores e comemorando gols, como se estivessem na arquibancada.

Ou seja: são torcedores dentro de campo, oficializados pela competição. A imprensa credenciada (jornalistas, radialistas, fotógrafos, cinegrafistas) segue normas rígidas de comportamento nos estádios, sobretudo os que precisam acessar o campo (os das emissoras detentoras de direitos), não podendo fazer imagens para redes sociais particulares. No entanto, torcedores digitais o fazem e se orgulham de exibir as imagens que deveriam ser de uso exclusivo dos detentores de direitos.

Radialistas, que desde o século passado fazem esse trabalho com profissionalismo e competência, são retirados do entorno do gramado sob o argumento de se “limpar a imagem” do campo; mas é permitida essa nova modalidade de divulgação do evento.
Caso essa nova modalidade de torcedores digitais se estabeleça, sugerimos que ela seja normatizada e os convidados sejam identificados com coletes específicos.

Precisamos dessa diferenciação para que esses convidados não sejam confundidos com os profissionais de imprensa credenciados.
Em nome da crônica esportiva brasileira, pedimos providências e aguardamos pronunciamento da Conmebol.