Nas vésperas da operação mais letal da história do Rio de Janeiro, que deixou 64 mortos e 81 presos nesta terça-feira (28), o Fluminense realizou uma ação social na Cidade de Deus, comunidade próxima ao CT Carlos Castilho, em Jacarepaguá. O clube distribuiu 400 brinquedos e 2 mil saquinhos de doces para crianças atendidas pelo projeto Canelinhas, em celebração ao Dia das Crianças e a São Cosme e Damião.
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A entrega, realizada na semana passada, contou com o apoio de representantes da Associação de Moradores e faz parte de uma série de iniciativas do Tricolor voltadas à comunidade. No ano passado, o clube já havia doado 1,2 tonelada de alimentos não perecíveis, beneficiando 70 famílias da região.
A Cidade de Deus, localizada entre as zonas Oeste e Norte do Rio, é uma das muitas comunidades afetadas pelos reflexos da megaoperação policial desta terça, que envolveu 2.500 agentes nos complexos do Alemão e da Penha. O clima de tensão se espalhou por toda a cidade, com barricadas, vias bloqueadas e confrontos em diferentes pontos da capital.
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Enquanto o Rio amanheceu em estado de guerra, a ação do Fluminense — feita um dia antes — deixou um contraste simbólico: em meio ao caos, um gesto de solidariedade e presença social de um clube que busca manter vínculos diretos com as comunidades que cercam o seu dia a dia.
Entenda o que acontece no Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro enfrentou nesta terça-feira (28) um dos dias mais violentos de sua história. Uma megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte, deixou pelo menos 64 mortos — sendo 60 suspeitos e quatro agentes de segurança —, além de 81 presos e 93 fuzis apreendidos. A ação, que mobilizou cerca de 2.500 policiais civis e militares, é considerada a mais letal já registrada no estado, superando a chacina do Jacarezinho, em 2021, que teve 28 mortos.
Durante os confrontos, criminosos usaram drones com explosivos para atacar as forças de segurança — um episódio inédito no histórico das operações do Rio. As cenas de guerra se estenderam por toda a cidade: barricadas, ônibus incendiados e vias bloqueadas paralisaram o trânsito e provocaram o fechamento de comércios, universidades e instituições públicas.
O governo estadual reconheceu que o conflito "ultrapassou o âmbito da segurança pública tradicional" e afirmou que a ação faz parte da Operação Contenção, iniciativa permanente para enfraquecer o avanço do Comando Vermelho.
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