Autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, esse texto não reflete necessariamente a opinião do Lance!
Dia 17/09/2025
06:40
Atualizado há 1 minutos
Compartilhar

O Fluminense perdeu para o Lanús na Argentina por 1 a 0 nesta terça-feira (16) e, mais do que o placar, o que chamou atenção foi a escolha de Renato Gaúcho. Depois de ter visto jogadores ganharem pontos positivos contra o Corinthians no fim de semana, o treinador insistiu na mesma fórmula, ignorou alternativas que já tinham dado resposta e fez substituições previsíveis, que pouco alteraram o rumo da partida.

➡️ Fluminense abre mão de atacar o Lanús no segundo tempo e perde com gol no fim

Renato manteve Hércules, Martinelli e Nonato, reforçando a trinca de volantes que ele considera dar equilíbrio. Mas a escolha travou o time: o meio até teve marcação, mas pouca criação. Lucho Acosta, que entra bem jogo após jogo e parecia pronto para ter chance de início, só foi acionado aos 83 minutos, tarde demais para mudar qualquer coisa.

Na coletiva, o próprio Renato explicou que tirou Martinelli para colocar Bernal, por acreditar que o titular estava cansado. É uma troca volante por volante, que ainda muda a característica, mantendo contenção, mas diminuindo criatividade. Bernal foi bem contra o Corinthians, mas naquela situação a entrada de Acosta poderia dar o passe que faltava. Na frente, ele tirou Serna para colocar Soteldo, repetindo atacante por atacante. Mas o venezuelano já não vinha mostrando boa forma, enquanto Riquelme, que foi bem contra o Corinthians, ficou de fora. O próprio Keno, experiente e mais provado no Tricolor, nem foi relacionado. A hierarquia pareceu definida de antemão: Soteldo segue sendo a primeira opção, mesmo sem desempenho que justifique.

Renato Gaúcho à beira do campo durante Fluminense x Lanús, pela Sul-Americana (Foto: Marcelo Gonçalves/ Fluminense FC)

No ataque, Everaldo mais uma vez teve atuação apagada, sem sequer. Ainda assim, permaneceu como escolhido de início, enquanto Germán Cano, artilheiro da temporada com 19 gols, foi deixado no banco até a reta final. Contra o Corinthians, mesmo sem marcar, Cano tinha mostrado mais recursos: fez pivôs, tabelou, finalizou e ajudou o time a gerar chances. Era mais uma pista ignorada.

O resultado dessa postura foi um segundo tempo de retração. O Flu abriu mão de atacar, baixou as linhas e viu o Lanús crescer. A equipe argentina não tinha qualidade para sufocar, mas encontrou o gol no fim, após contra-ataque de um escanteio para o Tricolor.

Renato fala em oportunidades, mas contra o Lanús manteve a escalação e as trocas dentro de uma lógica engessada. O Fluminense saiu derrotado e agora precisa reverter no Maracanã. A lição que fica é clara: quando os sinais positivos são ignorados, a conta chega.

➡️ Tudo sobre o Tricolor agora no WhatsApp. Siga o nosso canal Lance! Fluminense

O que vem por aí para o Fluminense?

Fluminense e Lanús voltam a se enfrentar na terça-feira da semana que vem (23), às 21h30 (de Brasília), no Maracanã. Antes disso, o Tricolor vai até Salvador, enfrentar o Vitória no sábado (20), às 16h (de Brasília), pelo Brasileirão.

Siga o Lance! no Google News