Dia 20/07/2025
14:34
Atualizado há 2 minutos
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Durante a entrevista coletiva de despedida do atacante Jhon Arias do Fluminense, realizada neste sábado (19), o presidente do clube, Mário Bittencourt, explicou por que o clube não garantiu 100% do valor da venda do atleta para o Wolverhampton, da Inglaterra. O acordo do clube prevê apenas uma participação de 50% do tricolor carioca no contrato com o colombiano.

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Arias foi comprado pelo Fluminense em 2021, quando o jogador atuava no Independiente Santa Fé, da Colômbia, mas foi revelado por outra equipe do país, de menor expressão, o Patriotas. E desde a saída do jogador da sua equipe formadora, eles mantiveram um percentual generoso do atacante.

Na negociação, iniciada quando Jhon Arias foi para o América de Cali, também da Colômbia, o Patriotas ficou 50% do atleta e manteve assim até a chegada do jogador no Fluminense. Assim, mesmo após três equipes diferentes, o modesto clube colombiano manteve uma estratégia para lucrar com futuras vendas da cria da sua base.

Na entrevista coletiva, Mário Bittencourt afirmou que houve uma tentativa do Fluminense de negociar a comprar o percentual do Patriotas, sem especificar se as tratativas eram para adquirir o restante total do passe ou mais uma fatia. Segundo o executivo, o clube colombiano negou as investidas.

- Ele veio de um clube bem pequeno da Colômbia, e eu tenho certeza que as pessoas sempre vão perguntar, apesar de já ter explicado isso várias vezes, porque a gente não comprou 100%. Porque o clube só quis vender 50%. Ele era do clube de lá, então quem vende é que decide o quanto vende - explicou o presidente na entrevista e ressaltou a "visão" que a equipe teve do futuro do atacante.

- O clube de lá, que luta com muito sacrifício, imaginava que ele era um talento e que ele poderia, obviamente, render alguma quantia pra esse clube no futuro - completou Bittencourt.

Presidente e atacante estavam em coletiva no CT do Fluminense. (Foto: Marcio Dolzan/Lance!)

Como foi o negócio da venda de Arias

Jhon Arias se tornou a segunda maior venda da história do Fluminense. O clube acertou sua saída para o futebol inglês por 22 milhões de euros fixos (R$ 142,5 milhões), mas os valores podem alcançar 25 milhões de euros (R$ 161,9 milhões) por conta dos bônus no contrato.

Apesar de Jhon Arias significar a 2ª maior venda da história do Fluminense, o Tricolor não ficará com o valor cheio da transferência. O clube carioca ficará com 11 milhões de euros (R$ 71,2 milhões) fixos, enquanto o Patriotas, da Colômbia, assegura seis milhões de euros (R$ 38,8 milhões).

Os outros cinco milhões de euros referentes a bônus serão transferidos somente ao Fluminense, que pode acumular até 16 milhões de euros (R$ 103,6 milhões) caso Arias atinja metas estipuladas em contrato.

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