21bfbdb5-0a0f-44df-b58f-7fa73c17eff2_DOLZAN-5X7-baixa4-aspect-ratio-1024-1024
Marcio Dolzan
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 20/07/2025
21:30
Compartilhar

A derrota do Fluminense por 1 a 0 no clássico com o Flamengo foi no detalhe e na estrela do atacante Pedro, mas veio também pela falta de ambição do tricolor carioca. O time emendou a segunda derrota seguida no Maracanã em três dias porque pouco fez para vencer, sobretudo neste domingo.

➡️Confira a classificação do Campeonato Brasileiro

Na quinta, logo após a derrota para o Cruzeiro, o técnico Renato Gaúcho deixara claro em entrevista coletiva que precisava rodar o elenco. Mas poucos esperavam que isso significaria mudar sete posições para o clássico deste domingo no Maracanã, entre obrigatórias e eletivas.

O Fluminense entrou em campo com Guga na ala, Bernal na volância, Lima na meia e Everaldo no ataque. Cano não foi sequer relacionado para jogo. E teve também mudança de esquema. No papel, alinhou com Thiago Silva, Ignacio e Freytes como zagueiros. Na prática, o Fluminense chegou a formar linha de cinco na defesa, com Guga e Renê recuando quando o Flamengo estava com a bola.

Se a ideia era se defender e jogar por uma bola, ao menos no primeiro tempo deu certo. Fábio só trabalhou pelo alto, invariavelmente em chutes que tomavam a altura e perdiam força porque foram desviados por um dos três — ou dos cinco — zagueiros.

O problema é que a outra parte do plano, a de jogar por uma bola, não foi tão bem executada. Canobbio era voluntarioso, mas gastava tanta energia nas disputas que parecia faltar na mira. De fora da área, Lima deu um chute de exagerada pretensão que deu em nada. E tudo isso ajudou a explicar por que Renato Gaúcho fez o clássico sinal de "acabou" com as duas mãos quando Guga sofreu falta na defesa aos 45 minutos e muitos segundos.

As folhas de Renato não resolveram para o Fluminense

Os 46 minutos iniciais agradaram ao técnico do Fluminense a ponto de ele não mudar nada para o início do segundo. A questão é que o Flamengo mudou, avançou suas linhas e começou a furar aquela linha de cinco na defesa. Fábio, pela primeira vez, precisou fazer uma defesa (difícil) por baixo.

Aí Renato mexeu. Tirou Canobbio, colocou Serna. Tirou Martinelli, colocou Hércules.

Mas aquele panorama que se mostrava mais difícil no segundo tempo não se alterou. O que começou a alterar foi o humor do técnico do Fluminense. Lá pelos 20 minutos, Renato Gaúcho sacou aquelas suas tradicionais folhas brancas, em que deixa anotado nomes e opções de jogo, e passou a andar de um lado para outro com elas em mãos. Quase não as lia, mas andava e sacudia e se irritava com elas.

Renato dobrou as folhas aos 31. Foi depois que tirou Lima para colocar Nonato, e Everaldo para colocar John Kennedy.

E foi já sem elas em mãos que ele viu Pedro, que entrara há pouco no Flamengo, precisar somente de uma bola para decidir o Fla-Flu.

Pedro entrou na reta final e decidiu contra o ex-clube (Foto: Alexandre Loureiro/AGIF)
Siga o Lance! no Google News