Filipe Luís vê Flamengo ‘muito superior’ e analisa pênalti para Grêmio: ‘Duvidoso’

Mauricio Luz

Rio de Janeiro (RJ)

Dia 31/08/2025

18:48

Atualizado há 1 minutos

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Técnico do Flamengo, Filipe Luís elogiou a atuação da equipe no empate por 1 a 1 com o Grêmio neste domingo (31), no Maracanã, pela 22ª rodada do Brasileirão. Em entrevista coletiva após o jogo, o treinador afirmou que o Fla foi "muito superior" ao adversário e classificou o pênalti para o Imortal, já nos minutos finais, como "duvidoso".

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— No jogo de hoje fomos muito superiores, tivemos muitas chances de fazer gol, um volume muito grande de jogo. É verdade que é um jogo muito parado muitas vezes, jogo do tipo que eu não gosto, mas criamos inúmeras chances e o mais que o suficiente para fazer o primeiro e também para fazer o segundo, e num lance difícil, duvidoso, acabaram empatando — analisou Filipe.

— O futebol brasileiro é muito complicado, o Campeonato Brasileiro é muito difícil, mas foi um jogo onde realmente merecemos vencer, merecemos um resultado melhor, infelizmente não veio e levantar a cabeça e pensar na próxima. Sobre as alterações, o Pedro, já estávamos no momento do jogo que eu sentia que o time estava indo para trás, o adversário estava nos pressionando mais, tanto com bola. E tanto sem bola, então precisávamos de velocidade e pressão. É por isso que optei por colocar o Bruno — completou.

O comandante do Flamengo ainda explicou como enxergou a estratégia do Grêmio durante a partida, antes de depois das alterações. Segundo Filipe Luís, o Imortal manteve a ideia de atacar o Rubro-Negro com lançamentos ao longo de todo jogo e não teve sucesso, sendo a única chance dos gaúchos o pênalti cobrado por Tiago Volpi.

— Eu sinto que a única forma que o Grêmio tinha ou escolheu para tentar machucar a nossa equipe foi com lançamentos em profundidade, na qual controlamos bem quase todas, até mesmo a do pênalti do Ayrton. Não ia acontecer nada, a bola iria para trás, no pé do nosso jogador, então não estavam machucando, mesmo com essas mudanças. E com a forma de jogar, eu não lembro de ter um chute no gol do Rossi, sinceramente. Nós com bola estávamos com mais facilidade ainda, com exceção do tiro de meta, que é verdade que eles subiram as linhas e pressionaram mais, o tiro de meta e uma bola parada. Mas depois, conforme nós tínhamos a bola e o controle, os jogadores estavam até tendo mais facilidade para poder criar jogo e chegar na área do Grêmio com mais facilidade — analisou o comandante.

— Depois as escolhas não estavam sendo as melhores e acabava partindo um pouco a equipe e esse vídeo de volta começou a acontecer e não nos favorecia, principalmente com esses lançamentos em profundidade que o Grêmio escolheu para tentar machucar a gente. Então como eu falei, com a construção em si, não estavam machucando muito a nossa equipe, mas sabíamos, treinamos todas as fases, treinamos também a equipe defendendo. Aconteceu o pênalti, que foi a única chance que eles tiveram, e com isso o empate — concluiu.

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— O Flamengo de 2025 é o de 2025, não se compara com nenhum outro ano da história do clube. É um Flamengo que quer fazer história, tentar ser campeão e tem uma longa caminhada pela frente. Temos que pensar em simplesmente ganhar o máximo de jogos, tentar ficar na frente de todos os adversários e sermos campeões. Esse é o nosso objetivo, não nos compararmos com outros anos ou objetivos. Fazer a nossa história.

— Estávamos em um momento do jogo que eu sentia que o time estava indo para trás, o adversário nos pressionando mais. Tanto com bola como sem. Precisávamos de velocidade e pressão, por isso coloquei o Bruno.

— Ele pediu para ser substituído. É um jogador que se recuperou, conseguiu ter uma sequência de treinos e está bem de novo. Nos dá muita dinâmica no meio-campo, tanto em ataque como em defesa. Um dos pilares dessa equipe. Muito feliz de tê-lo de volta. No momento que ele saiu, realmente estávamos em um momento que nosso time já estava sofrendo. Estava com dificuldades de sair. Não pela saída do De la Cruz, mas pelo momento que a equipe estava, talvez, tentando mais defender o resultado do que continuar com as dinâmicas. Acabamos sofrendo mais.

— Os jogadores falam com o árbitro, mas estão tão concentrados em vencer… Não é o trabalho deles ir lá brigar com o juiz, ficar reclamando toda hora. Quem tem que fazer o trabalho dele é o juiz, apitar o que tem que apitar. O que eu gostaria é que colocassem um jogo para o árbitro (assistir) e corrigissem o que ele faz também. Que ele assistisse ao jogo, às coisas que eles erram. Tenho muita dúvida se fazem isso. Os erros se repetem, os critérios não se corrigem, o jogo fica picotado, chato, 500 mil faltas que não são. Critério zero. Isso me decepciona muito, porque o que a gente mais quer é isso: não se preocupar com o árbitro. Pensar simplesmente no jogo.

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— Juninho não estava no banco e não poderia entrar. Cebolinha e Michael sim. Os dois jogam na mesma posição, que é a do Lino. Senti que ele estava em um momento bom, determinante e decisivo. Na minha visão não era a falta de perna ou que o Lino estava abaixo. Naquele momento ele estava bem. Também poderia ter tirado o Arrascaeta, mas sentia que com bola ele estava sendo muito determinante. Cada vez que a bola chega ele tem perigo, faz a diferença. Optei por deixar os que eu achei que fossem melhores até o final do jogo para tentar vencer.

— Depois do Bragantino, o Viña jogou contra o Atlético-MG no Brasileiro e o Ayrton jogou na Copa do Brasil. Os dois estão muito bem. O Alex Sandro voltou contra o Inter na Libertadores e o Ayrton jogou contra eles no Brasileiro. Para mim, a disputa está acirrada. O nível muito alto. O Ayrton fez um jogo espetacular contra o Inter. Ele não começou contra o Vitória porque teve um problema familiar. No nível que ele está jogando, está complicado de escolher. Minha escolha foi pela opção que achava que era melhor para vencer. Os três continuam sendo opções muito boas para o treinador escolher e ter um lateral de alto nível.

— O clube já se posicionou sobre essa mudança do calendário, e temos que nos adaptar. Temos um elenco muito forte para competir até o fim com essa mudança. (Torço) que para os próximos anos esse planejamento seja melhor, realmente organizado, para que ninguém saia prejudicado.

— É importante que o Maracanã esteja sempre lotado, que a torcida entenda que precisamos deles. Que a torcida nos empurre junto porque esse Campeonato Brasileiro não vai ser fácil. Já conhecemos bem o que é o Flamengo. Depois de uma goleada, de uma derrota também, existe uma euforia muito grande. Mas é importante que o torcedor saiba que quando vem para o Maracanã, nós pedimos para que venham empurrar a equipe. Não simplesmente esperar outra goleada. É muito importante para mim que esses torcedores entendam isso e venham apoiar. Precisamos da torcida até o final. Tenho certeza que eles vão fazer a diferença com a volta deles.

— A partir de amanhã começarei a analisar o que foi o nosso jogo. Aí decido os principais pontos que nossa equipe tem de evoluir. O resultado foi 1 a 1, mas o jogo não diz isso. Fizemos muitas coisas boas, um jogo defensiva e ofensivamente muito bom. Muito mais que o suficiente para sair com um resultado positivo. O resultado não me engana. Sou muito realista com o que acontece no campo. No 8 a 0 eu tinha coisas a corrigir e nesse jogo também teremos coisas já visando o próximo jogo contra o Juventude.

— Todos eles têm o mesmo conteúdo tático. Temos agora seis volantes (Erick, Jorginho, Saúl, Evertton, Allan e De la Cruz). Todos têm características diferentes e formas de aplicar esse conteúdo passado de forma diferente. Escolho sempre o que acredito ser melhor para a equipe. O Erick é um pilar e estamos todos querendo que ele volte. O Jorginho já sabem da liderança e importância que tem nesse elenco mesmo com pouco tempo aqui. Mas os volantes que jogaram, Saúl e Nico, fizeram um excelente jogo. Controlaram, criaram, marcaram muito bem, fizeram tudo que eu pedi. O Evertton entrou em um momento que nossa equipe já estava sofrendo. O conteúdo para eles é o mesmo.

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