Técnico do Flamengo, Filipe Luís analisou a derrota por 1 a 0 para o Bahia neste domingo (5), pela 27ª rodada do Brasileirão. O Rubro-Negro teve Danilo e Wallace Yan expulsos e jogou com dois a menos. Em entrevista coletiva após a partida na Fonte Nova, o treinador lamentou o cartão vermelho para o zagueiro no início do jogo e afirmou que o adversário "achou" o gol.

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— Obviamente, jogar 75 minutos com um a menos, claro que prejudica a nossa equipe. Você prepara um plano de jogo para jogar com 11, e somos um time que não costumamos ter jogadores expulsos, uma coisa que aconteceu hoje e que tentamos solucionar da melhor maneira possível. Tentamos controlar o jogo e que sabíamos que tínhamos chances, infelizmente não fizemos. Eles acharam um gol e, a partir daí, tentamos de todas as formas até o final do jogo, mas vitória do Bahia e temos que levantar a cabeça e vida que segue — disse o treinador.

Questionado sobre a atuação de Samuel Lino — que desperdiçou chance cara a cara com o goleiro Ronaldo momentos antes do Bahia abrir o placar —, Filipe evitou fazer críticas. O comandante rubro-negro acredita que é difícil analisar individualmente os jogadores por conta da desvantagem numérica e voltou a dizer que o adversário "criou pouco".

— É difícil julgar o jogo de um jogador, com um a menos três ou 15 minutos do primeiro tempo. Ele teve que ajudar muito o Ayrton na lateral, e claro que perde as forças talvez para poder atacar. Mesmo assim, conseguiu fazer suas jogadas, criar chances, e a chance que teve foi porque ele estava lá. Às vezes a linha é muito fina entre fazer o gol e não fazer. Infelizmente não fez, e depois acabamos tomando o gol mas eu confio muito nele, a gente já sabe a qualidade que ele tem, o talento que ele tem e o tanto que ele se esforça. É questão de tempo ele colocar a cabeça no lugar — respondeu o técnico do Flamengo.

— Hoje, repito, não dá para culpar, eu acho que o time teve uma postura muito boa depois da expulsão. Todos lutando, todos dando o máximo pela equipe. O Bahia criou muito pouco para fazer o gol. Fizeram o gol e ganharam o jogo, é mérito deles, mas eu acho que o esforço que os jogadores fizeram a gente tem que falar — completou.

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Técnico do Flamengo, Filipe Luís durante duelo com o Bahia pelo Brasileirão (Foto: Marcio Jose/AGIF)

Outras respostas de Filipe Luís após Bahia x Flamengo

Data Fifa

— Precisamos desses dois, três dias que vamos ter para limpar a cabeça do que aconteceu hoje. Vamos ter que trabalhar sobre conceitos para a equipe. É muito importante esse final de temporada para a gente. O melhor ainda está por vir.

Momento do Flamengo

— É um ano muito longo e obviamente que futebol é momento e são fases. Eu não via preocupação. Vim com muita confiança. Fizemos um jogo muito bom contra o Cruzeiro, contra o Estudiantes na ida. Não fizemos na volta. Cada adversário vai colocar suas dificuldades. O momento é esse. Temos que digerir uma derrota dura que não contávamos. Estávamos muito confiantes e o time vinha em um bom momento para fazer um grande jogo. Você vai olhar os números e tem uma vitória nos últimos cinco jogos. Eu vejo outras coisas, como o time está jogando, se portando em campo e a evolução que está tendo em alguns setores. É colocar na cabeça o que temos que melhorar para colocar o time nos trilhos de novo.

Wallace Yan

— Ele vem treinando muito bem e é um jogador muito importante para mim. Cometeu um erro muito grave e nos prejudicou. Ele é muito novo ainda. Ainda não conversei com ele. São nesses aspectos que tenho que melhorar minha equipe, que o mental não influencie para o negativo, que fique sempre com o mental estável. Pensei em colocá-lo para romper a linha do Bahia, porque eles estavam muito fechados. A expulsão dele complicou, mas o time continuou dando a vida.

Pressão por não são ser mais líder

— Sempre estávamos jogando com status de líderes. Hoje somos perseguidores. Estamos atrás e temos que persegui-los. Têm muitos jogos pela frente. O Palmeiras acabou perdendo aqui também semana passada e hoje tiveram uma vitória fora de casa. Eles vão ter que jogar contra nós e vários adversários difíceis. O Campeonato é muito competitivo. É muito difícil que tanto eles quanto a gente vençam todas até o fim. O campeonato é quem mantém mais a regularidade até a 38ª rodada. Enquanto tivermos chance vamos lutar até o final. Acredito muito no meu time e não tenho dúvida que vamos lutar.

Arbitragem

— Sinceramente não é o meu trabalho. Vejo um rigor muito severo. É muito fácil fazer contra o Flamengo. Não sinto esse respeito. Tenho que focar esses aspectos de erros defensivos, o mental para que eles não me deixem com dois a menos. Esse é o meu papel. Adoro falar de futebol, tática, o que acertei e errei. Falar dos árbitros cansa. Espero que se fale do que está acontecendo, que vocês façam um eco dessa diferença de respeito que está acontecendo no Campeonato Brasileiro.

Bastidores do futebol brasileiro afetam o campeonato?

— Se a diferença de erros é 80-20, claro que influencia no resultado final da competição. Esperamos que seja diferença de erros com margem muito pequena paras as duas, três equipes que estão brigando pelo título e que o respeito seja mútuo pelo bem da competição. Todos vimos isso (pênalti não marcado contra o Palmeiras) e infelizmente tentei o máximo possível para os meus jogadores manterem a cabeça e o foco do jogo. Mas, infelizmente, tivemos uma expulsão no primeiro tempo que prejudicou o andamento da partida, um jogo que era bonito.

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