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Leonardo Bessa
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 21/05/2025
14:51
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A defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, encaminhou na última terça-feira (20) à 7ª Vara Criminal de Brasília o pedido de arquivamento do inquérito policial que o investiga o jogador por suposta manipulação de apostas esportivas. As informações foram publicadas inicialmente pelo "Portal Léo Dias" e confirmadas pela reportagem do LANCE!.

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Conforme apontam os documentos apresentados pela defesa no processo, foi indicado que o comportamento de Bruno não tinha como objetivo fraudar o resultado do duelo. Há a busca por tirar a denúncia por infração no artigo 200 da Lei Geral do Esporte e descriminalizar o cenário.

Como base na solicitação de arquivamento, foi mencionada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que tramitou no Senado e não classifica ações como as do jogador do Flamengo no modelo penal atual. Além disso, a quantia movimentada também foi exposta para desqualificar estelionato.

A defesa de Bruno Henrique mostrou que os ganhos totais são de cerca de R$ 15 mil, variando entre R$ 128 e R$ 1.268 por pessoa, classificando como irrelevante no ramo das apostas. Bruno Henrique e mais nove pessoas serão ouvidas no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nos próximos dias.

Bruno Henrique: veja diferença entre salário e lucro de apostas no suposto esquema

Já levando para o campo esportivo quanto ao suposto cartão forçado, a defesa do atacante argumentou que tal prática faz parte do esporte e é indicada por superiores, como diretores e técnicos. Foi exemplificado da seguinte forma: um jogador pode forçar uma advertência para ser poupado no jogo seguinte e/ou zerar a contagem de cartões perto de compromissos importantes.

Bruno Henrique recebe cartão amarelo suspeito em jogo contra o Santos (Foto: Reprodução / Premiere)

Relembre o caso de Bruno Henrique

Flamengo e Santos se enfrentaram pela 31ª rodada do Brasileirão no Maracanã no dia 1º de novembro de 2023. Naquele dia, Bruno Henrique levou um cartão amarelo já aos 50 minutos do segundo tempo por falta em Soteldo. Poucos segundos depois, levou um segundo amarelo por reclamação acentuada contra a arbitragem e foi expulso. O Rubro-Negro perdeu o jogo por 2 a 1.

Pouco mais de um ano depois, em novembro de 2024, a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro instauraram uma investigação contra o jogador pelo suposto envolvimento em um esquema de apostas em cartões amarelos que teria beneficiado apostadores.

O atleta foi indiciado por estelionato e fraude em competição esportiva no dia 14 de abril. Agora, o relatório da Polícia Federal será analisado pela 7ª Vara Criminal de Brasília, que decidirá pelo arquivamento ou encaminhamento ao Ministério Público.

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