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Após críticas por chefiar delegação, Bandeira afirma: ‘Fla também cobra’

Presidente rubro-negro, que fazia forte oposição à CBF, será o comandante da delegação da Seleção Brasileira durante a Copa América Centenária, que acontecerá nos Estados Unidos

Dunga e Eduardo Bandeira de Mello, durante convocação da Seleção Brasileira (Foto: Lucas Figueiredo/MowaPress)
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Após toda a polêmica envolvendo a aproximação do presidente Eduardo Bandeira de Mello e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o mandatário do Flamengo se pronunciou sobre o fato de ter aceito o convite para ser chefe da delegação da Seleção Brasileira na Copa América Centenária, que acontecerá nos Estados Unidos.

Em nota publicada no site oficial do clube neste domingo, Bandeira ressaltou o incômodo quanto às críticas que recebeu - algumas de grupos políticos do próprio Rubro-Negro - e garantiu que não deixou de ter opiniões contrárias ao da instituição. Vale lembrar que o Flamengo foi um dos clubes que idealizou a Primeira Liga, que teve a primeira edição este ano.

"Enquanto apoia, o Flamengo também cobra e critica quando entende que entidades de administração decidem ou se manifestam no sentido contrário ao bem do futebol. Principalmente, quando têm como intenção a manutenção do poder, cultivam a falta de transparência e tentam tirar ou impedir o protagonismo dos clubes no futebol nacional".

Confira a nota na íntegra:

Esta semana aceitei o convite da CBF para ser o chefe da delegação da seleção brasileira na Copa América, em junho, nos Estados Unidos. Desde então, minha decisão vem sendo amplamente discutida e eu, bastante criticado. Quero, portanto, comentar motivos pelos quais tomei essa decisão que afeta diretamente o Flamengo e reiterar que sempre respeitarei críticas e opiniões contrárias às minhas.

Primeiramente, repudio alguns comentários que colocam em dúvida minha honra, idoneidade e intenções. Durante toda a minha vida, pautei minhas escolhas, tanto na vida pessoal, quanto em minha carreira profissional, baseadas em princípios éticos e morais. Princípios que aprendi com meus pais e que hoje transmito aos meus filhos. Princípios que coloco em prática, todos os dias, como presidente do Flamengo.

Tenho muito orgulho de hoje estar à frente do clube do meu coração. Este nunca foi um objetivo pessoal, mas agradeço a quem confiou essa missão a mim. Fui eleito pelos sócios do clube para colocar em prática as visões de rubro-negros altamente competentes, comprometidos com a seriedade e que sonham com um Flamengo forte, vencedor e que dá exemplos dentro e fora do campo.

Passados mais de três anos, conduzimos importantes mudanças na Governança do Flamengo e alguns princípios e ações foram implantados:

1 – Transparência nas contas

2 – Rigor orçamentário

3 – Responsabilidade fiscal

4 – Decisões colegiadas no Conselho Diretor

5 – Gestão profissional com autonomia para atingir os objetivos definidos pelo Conselho Diretor.

Resultados relevantes foram alcançados, sendo os mais relevantes a saúde financeira e a solidez que vem permitindo cada vez maiores investimentos no futebol, esportes olímpicos e na sede social. E que vão permitir as conquistas esportivas no futebol de forma continuada.

A administração do Flamengo é reconhecida publicamente pela eficácia, resultados e, principalmente, pela seriedade, pelo uso de práticas republicanas e transparência.

Nosso grupo entende que as boas práticas de Governança podem e devem ser adotadas nas entidades de administração do futebol. Federações, CBF e Ligas são meio e não fim. Elas devem promover a pujança dos clubes e não a si próprias. Estão a serviço dos clubes e do desenvolvimento do futebol. Portanto, os conceitos de transparência e práticas republicanas devem ser muito mais cobrados delas.

É mandatório que os clubes e os torcedores saibam o que acontece nessas entidades, decidam os seus objetivos e controlem a execução. E, como é notório, o Flamengo vem se empenhando, liderando e apoiando ações que permitam que este cenário seja colocado em prática. A formação da Primeira Liga como plataforma de alinhamento e união é um exemplo.

Em outra frente não menos importante, o Flamengo tem apoiado e participado ativamente dos comitês de reformas da CBF. Temos o objetivo de apoiar e precisamos incentivar as iniciativas que visem a melhoria da Governança do futebol brasileiro.

Enquanto apoia, o Flamengo também cobra e critica quando entende que entidades de administração decidem ou se manifestam no sentido contrário ao bem do futebol. Principalmente, quando têm como intenção a manutenção do poder, cultivam a falta de transparência e tentam tirar ou impedir o protagonismo dos clubes no futebol nacional.

Vejo sinais positivos na CBF. E contradições também. É nesse contexto que aceitei o convite para chefiar a delegação que vai participar da Copa América. Entendo o convite como um sinal de que a CBF respeita e valoriza o modelo de gestão que o Flamengo vem adotando. E tenho a expectativa de que o Flamengo possa ter o seu modelo de gestão aplicado às entidades de administração do futebol brasileiro.

Hoje, o Flamengo tem estrutura e profissionais capacitados para administrar o clube mesmo com ausência física de seu presidente. A distância não é mais uma barreira que impeça que decisões sejam tomadas de maneira eficiente. Mesmo longe, estarei perto e presente e ainda teremos a presença de nosso VP Geral.

Por fim, gostaria de dizer que todos nós devemos trabalhar com força e energia pela melhoria do futebol. Devemos aproveitar as oportunidades. Todas elas são importantes.

E esteja onde estiver, vou defender os interesses do Flamengo em primeiro lugar. Sempre.