O torcedor Osni Fernando Luiz, conhecido como “Cicatriz”, foi condenado a um ano de prisão em regime semiaberto por arremessar uma cabeça de porco no gramado da Neo Química Arena durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras, em novembro do ano passado.
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De acordo com a decisão judicial, o torcedor de 36 anos cometeu crime contra a "paz no esporte". A informação foi divulgada inicialmente pelo Uol.
O juiz Fabricio Realizia, do Foro Central Criminal da Barra Funda, assinou a decisão. No despacho, ele ressaltou que a Polícia Civil, por meio de investigações cibernéticas, conseguiu localizar e identificar o perfil do torcedor no Instagram.
— Anoto ser necessária a contenção de condutas como a praticada pelo réu Osni, pois cuida-se de crime que afasta a visita de outros torcedores/consumidores/pessoas, as quais também desejariam frequentar estádios com seus familiares e amigos para fins de lazer e de entretenimento, mas que deixam de acompanhar presencialmente o futebol, patrimônio cultural brasileiro, por delitos como este — relatou.
Outro torcedor, que teria participação no caso, foi inocentado.
Relembre o caso do Corinthians x Palmeiras
O objeto foi atirando durante um escanteio cobrado pelo meio-campista Raphael Veiga pela ponta esquerda, aos 27 minutos. Vale lembrar que o porco é o tradicional mascote do Verdão. Rapidamente, Yuri Alberto retirou a cabeça de porco do gramado com um chute, e a partida prosseguiu normalmente.
Policiais militares e um fiscal da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmaram que a cabeça é realmente de um animal. O torcedor foi identificado pelas autoridades e encaminhado para o JECRIM (Juizado Especial Criminal).
No dia da partida, três torcedores foram detidos ainda na Neo Química Arena. O mentor do ato, Osni Fernando Luiz, conhecido como "Cicatriz", confessou que comprou a cabeça de porco na manhã da partida e declarou que a ideia era promover uma 'brincadeira sadia'.
— A provocação é sadia, não peguei barra de ferro para agredir ninguém, não dei soco em ninguém. O futebol tem que parar com isso, o futebol raiz tem que viver, nos anos 1990, todo mundo ia para o jogo junto, brincava com o outro. Hoje chegou em uma proporção que estão acabando com o futebol — disse o torcedor.