Ao final da coletiva concedida nesta segunda-feira (8), no Parque São Jorge, o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Jr., sugeriu que o clube alvinegro interrompesse o pagamento da dívida do estádio com a Caixa Econômica Federal.
O débito do Timão com o banco estatal está avaliado em R$ 668 milhões, segundo balanço financeiro divulgado em 2024. A dívida corresponde ao financiamento para a construção da Neo Química Arena, inaugurada em 2014, para a Copa do Mundo realizada no Brasil.
— Onde eu começaria resolver o problema da dívida? Eu começaria na Caixa, mas deixa para lá não vou falar não — disse o presidente do CD na última pergunta antes do fim da entrevista coletiva concedida no Parque São Jorge.
— Temos que resolver o problema do estádio na Caixa, temos que resolver isso. Temos que trocar o fundo que está administrando o problema todo. Sou presidente do Conselho, não mando nada. Acho que o Corinthians tem que resolver o problema na Caixa. Se não, para de pagar, para de pagar o estádio. Vai pagar as dívidas que temos que são mais urgentes para evitar bloqueio. Para de pagar, acabou. Começa por aí. Temos que buscar uma solução, não temos dinheiro. Acabou, abraço — afirmou Romeu Tuma Jr.
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Crise financeira
A dívida do Corinthians é avaliada em R$ 2,5 bilhões. Atualmente, o clube enfrenta um transfer ban por não ter pago cerca de R$ 41 milhões ao Santos Laguna, pela contratação de Félix Torres, feita no início de 2024.
Desde novembro, a Gaviões da Fiel, torcida organizada do Corinthians, promove um financiamento coletivo, chamado "Doe Arena", que visa arrecadar doações dos torcedores para quitar a dívida com a Caixa Econômica Federal. Até então, foram coletados R$ 40.887.736,31. A campanha terá duração até o final deste ano.