De volta após se recuperar de lesão, o meia-atacante Memphis Depay criticou a grama sintética da Arena da Baixada na madrugada desta quinta-feira (28). Pouco antes, na noite de quarta-feira (27), o Corinthians venceu o Athletico por 1 a 0, com gol de Gui Negão, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil.
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- A grama artificial mata o jogo. Brasil, quando vocês vão ouvir os jogadores? - afirmou o jogador holandês, nas redes sociais.
Memphis Depay não ficou muito tempo em campo, mas foi o suficiente para reclamar do gramado sintético. Ele entrou aos 33 minutos do segundo tempo na vaga de Garro, quando o Coringão já vencia - o gol saiu em passe de Matheuzinho para Gui Negão na área.
O atleta holandês atuou por 17 minutos e, nesse período, acertou todos os passes (oito) e perdeu dois duelos individuais. Os dados são do Sofascore.
O jogador ficou à disposição de Dorival Júnior após recuperar de uma lesão de grau 2 na coxa direita, sofrida em 6 de agosto, na vitória por 2 a 0 contra o Palmeiras, pelas oitavas da Copa do Brasil. Ele desfalcou a equipe em três jogos do Brasileirão (Juventude, Bahia e Vasco).
Nesta temporada, Memphis Depay tem oito gols e 10 assistências em 36 jogos pelo Corinthians. Ao todo, do ano passado pra cá, são 15 gols e 14 assistências com a camisa alvinegra.
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Jogadores fizeram campanha contra grama sintética
A fala de Memphis Depay contra a grama sintética acontece seis meses depois de uma campanha de jogadores que não surtiu efeito. Grandes astros do futebol brasileiro, como Neymar, Gerson, Gabigol, Dudu, Philippe Coutinho, Lucas Moura, Thiago Silva, Pablo Vegetti, Alan Patrick e diversos outros, iniciaram uma campanha contra o uso do gramado sintético no Brasil, pediram o fim do campo articificial.
No Brasileirão, por exemplo, três estádios têm grama completamente sintética: Allianz Parque, Nilton Santos e Arena MRV - essa última instalada neste ano. Além desses, outras praças esportivas contam com piso híbrido (gramados natural e sintético misturados), como a própria Neo Química Arena.
- Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos. Objetivamente, com tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim. Nas ligas mais respeitadas do mundo os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste. Se o Brasil deseja estar definitivamente inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam. Futebol profissional não se joga em gramado sintético! #NãoaoGramadoSintético - publicaram os atletas, em fevereiro, nas redes sociais.
Na semana passada, o Athletico até admitiu que planeja a troca do gramado sintético, mas rechaçou a volta para a grama natural. Instalado em 2016, o campo artificial nunca foi trocado e teve apenas manutenções anuais por conta da fiscalização.
A grama sintética da Arena da Baixada tem a certificação Fifa Quality Pro, a mais alta do nível internacional, até fevereiro de 2026. Dessa forma, o Furacão tem a intenção de colocar um novo gramado sintético após o término da Série B. O custo estimado varia de R$ 10 milhões a R$ 15 milhões.
Partida de volta
Com a vantagem do empate, o Corinthians encara o Athletico apenas em 10 de setembro (quarta-feira), às 21h30 (de Brasília), na Neo Química Arena, pela volta das quartas de final da Copa do Brasil. O Coringão volta a campo contra o Palmeiras no domingo (31), às 18h30, em casa, pela 22ª rodada do Brasileirão, e terá uma pausa de partidas pela Data Fifa, entre 1 e 9 de setembro.