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Inglaterra

Veja como a Bélgica dobrou a Inglaterra e terminou em 3º lugar

Belgas saem na frente logo no início, com gol de Meunier, suportam a pressão inglesa e, no fim, Hazard mata o jogo e garante a melhor posição de sua seleção na história das Copas 

(Foto: OLGA MALTSEVA / AFP)
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A Bélgica fechou com chave de ouro a sua participação na Copa da Rússia. O jovem time comandado pelo espanhol Roberto Martínez derrotou a Inglaterra por 2 a 0, neste sábado, no Estádio de São Petersburgo, com gols de Meunier e Hazard, um em cada tempo, e assegurou o terceiro lugar geral. 

Com isso, a excelente geração belga alcança o  melhor resultado do país em Copas do Mundo, já que a campanha top anterior havia ocorrido na Copa do México em 1986, com um quarto lugar. A Inglaterra, campeã em 1966, repete a sua segunda melhor performance (foi quarta colocada no Mundial de 1990 na Itália).


Como começaram

A Bélgica foi a campo com uma alteração relevante no setor de criação: Tielemans na vaga de Fellaini. A Inglaterra mudou geral. Houve as esperadas entradas de Rose (lateral-esquerda) e de Delph (na vaga de Henderson no meio), além das surpresas Jones, Dier e Loftus-Cheek no 11 inicial.  Cinco mudanças, indicando um mistão.

De cara, deu para perceber a Bélgica com Tielemans um pouco mais preso como segundo volante para liberar os avanços do lateral-direito Meunier, voltando de suspensão,  e que a Inglaterra trabalharia com Sterling na função de Dele Alli. Já Loftus–Cheek era o cara que estava caindo pela direita.

Bélgica 1 a 0

O jogo ainda estava esquentando quando em um lance de poucos toques saiu o gol belga. O relógio marcava apenas três minutos.  O goleiro Courtois deu o chutão, que Chadli ajeitou para Lukaku, recebeu na frente e cruzou para o gol de Meunier, reserva de Daniel Alves no PSG.  Parecia jogada de treino.

Aliás, os primeiros 15 minutos deram a sensação de que a Inglaterra treinava e queria encher Kane de bolas para ver se ele fazia mais gols e ampliava a liderança na artilharia e, no mais, pouco queria. Já a Bélgica estava cheia de vontade, com Hazard e de Bruyne trocando muitas figurinhas e quase ampliando duas vezes, com o jogador do City e Lukaku.

Na reta final do primeiro tempo

A partir dos 15 minutos, Loftus encaixou a sua posição e fez grande jogada pela direita que a defesa rechaçou para escanteio. Ganhou moral para pedir mais bolas. Já Sterling passou a cair mais para a esquerda, conseguindo também se encontrar e nitidamente buscando Kane, que teve tudo para ampliar, mas perdeu a chance, aos 22.

Mas a Bélgica sabia se impor em campo e, com toque de bola rápido, ficou rodando a área inglesa sempre com perigo.  Curiosamente, ela dava muito campo para os ingleses e, quando recuperava a bola (a Inglaterra errava bastante passes) ou fazia ligações para Lukaku ou trabalhava um tiki-taka  à moda Diabos Vermelhos.

Chadli se machucou e acabou substituído por Vermaelen, que entrou para ser um terceiro zagueiro e liberar um pouco mais Verthongen na esquerda, virou um claro 3- 4-2 (Hazard/De Bruyne)-1 (Lukaku).

Após o intervalo

Southgate tinha de fazer alguma coisa e tirou dois jogadores. Rose saiu para a entrada de Lingard, que foi jogar em sua função, no meio, o que fez Delph passar a ser o ala pela esquerda. Rashford ganhou a vaga de Sterling, mudança corretíssima dada a inoperância do bom camisa 10 nos 45 minutos iniciais.

As mudanças surtiram efeito. Como a Bélgica  seguiu atrás dando campo ao rival e o time inglês melhorou muito nos passes, este passou a ter o domínio territorial. Infelizmente, assustou muito, mas não conseguia arrematar. Os muitos chuveirinhos acabavam nas mãos de Courtois ou saíam pela linha de fundo. A Bélgica ficou na dela, buscando as ligações com Hazard e infiltrações de Lukaku, que acabou sendo substituído para a entrada de Mertens.

Efeito Dier

Percebendo que só cruzamento não estava adiantando, a Bélgica estava muito atrás e já não havia o forte Lukaku em campo para segurar volantes, o treinador inglês Gareth Southgate liberou Dier para chegar ao ataque. Na primeira vez, o volante pegou uma sobra e chutou rasteiro para difícil defesa de Courtois. Logo depois, fez uma triangulação, entrou na área e, com um toquinho, tirou o goleiro Courtois. Seria um golaço de empate,  mas a bola estava entrando e Alderweireld salvou na linha. Cheio de moral, Dier ainda deu uma cabeçada perigosíssima.

A Bélgica, que parecia cansada, se safava de uma atrás a outra. E apostava tudo em contra-ataques. No primeiro, Meunier recebeu de Mertens que chutou e o goleiro Pickford fez uma defesaça. Pouco depois, De Bruyne encontrou Hazard na área e 2 a 0 no placar. Matou o jogo.  Com o terceiro lugar garantido, a geração belga saiu com a sensação de dever cumprido. Nunca os Diabos Vermelhos chegaram tão longe. No Brasil, parou na Argentina, nesta é Top3.  

Kane 99,9% para a chuteira de ouro

Apesar de lamentar o quarto lugar na classificação final da Copa da Rússia, a Inglaterra deve ostentar em seus quadro o artilheiro da Copa. O atacante inglês Harry Kane provavelmente levará para a sua estante o troféu de chuteira de ouro da Copa. Com seis gols, ele só perderá a coroa se os franceses Griezmann ou Mbappé (ambos com três gols) conseguirem a façanha de marcarem improváveis quatro gols na final contra a Croácia. Três não adiantaria, pois qualquer um dos franceses empataria com Kane, mas o inglês – poupado contra a Bélgica na fase de grupos – fecharia a competição realiando seis jogos, um a menos do que os rivais e isso é critério 1 de desempate.

FICHA TÉCNICA
BÉLGICA 2 X 0 INGLATERRA
Local: Estádio de São Petersburgo, em São Petersburgo (RUS)
Data-Hora: 14/7/2018, às 11h (de Brasília)
Público: 64.406 presentes
Árbitro: Alireza Faghani (Fifa-IRN)
Auxiliares: Reza Sokhandan (Fifa-IRN) e Mohammadreza Mansouri (Fifa-IRN)
Cartões amarelos: Witsel (BEL); Stones e Maguire (ING)
Cartões vermelhos: -
Gols: Meunier, 3'/1ºT (1-0) e Hazard, 36'/2ºT (2-0)

BÉLGICA: Courtois; Meunier, Alderweireld, Kompany e Vertonghen; Witsel, Tielemans (Dembélé, 32'/2ºT)  e Chadli ( Vermaelen, 38'1ºT) ; De Bruyne. Hazard e Lukaku (Mertens, 14'/2ºT) Técnico: Roberto Martinez

INGLATERRA: Pickford; Jones, Stones e Maguire; Trippier, Dier, Delph, Loftus-Cheek (Dele Alli, 38'/2ºT) e Danny Rose (Lingard, intervalo); Sterling (Rashford, Intervalo)  e Kane. Técnico: Gareth Southgate