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O time do ataque: Bélgica constrói longa série invicta com quase 80 gols

Entre as classificadas, seleção é a que mais finaliza na Copa do Mundo. Equipe de Roberto Martinez tem média de mais de três gols por jogo desde setembro de 2016

(Foto: Rodolfo Buhrer/La Imagem/Fotoarena/Lancepress!)
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São 24 partidas de invencibilidade, disparada a maior série entre os quatro semifinalistas da Copa do Mundo. Se França, Croácia e Inglaterra já sofreram derrotas neste ano, a Bélgica não sabe o que é deixar o campo derrotada desde a estreia do técnico Roberto Martinez, em 1 de setembro de 2016, em amistoso contra a Espanha (2 a 0). O treinador espanhol jamais perdeu um jogo por competições à frente dos Red Devils e, mais do que a marca, impressiona a quantidade de gols feitos pelo belgas no período: 78 bolas na rede. 

A média é de 3,25 por jogo nas 24 partidas. A defesa, que foi sinal de alerta para Martinez mesmo durante a Copa, foi vazada 20 vezes (média de 0,8). É preciso olhar o nível dos adversários que a Bélgica encarou. Houve seleções inexpressivas no caminho. Foram goleadas, casos de Gibraltar (6 a 0 e 9 a 0) e Estônia (8 a 1). Os rivais mais fortes derrotados pelos belgas cruzaram o caminho justamente na Copa do Mundo: Brasil (2 a 1) e Inglaterra (1 a 0).

Única seleção com 100% de aproveitamento no Mundial e dona do melhor ataque com 14 gols, a Bélgica mantém seu poderio ofensivo no torneio. É um time que procura a rede: são 85 finalizações, 17 por partida. A média da Copa é de 18,3 chutes em uma partida (isso somando-se as duas seleções). Os Red Devils só finalizaram menos do que o Brasil, eliminado com 103 arremates.

- A maior força da nossa seleção é ter diferentes formas de atacar e saber usar os jogadores. Nós crescemos no torneio - afirmou Roberto Martinez.

A França, rival de terça-feira, em São Petesburgo, pela semifinal, deu 56 chutes a gol na Copa do Mundo. São nove gols marcados. Vencer mais um campeão mundial significará a maior conquista da história do futebol belga, que jamais disputou uma final do torneio. Um trabalho psicológico foi feito por Martinez para que a seleção tivesse confiança de encarar o Brasil. Deu certo. O grupo deixou Kazan mentalmente fortalecido para alcançar a decisão da Copa.

- A França é uma equipe extraordinária, mas em uma semifinal de Copa ninguém pega equipe fraca. Agora a diferença é menor, é mínima. Vamos tentar estar prontos fisicamente e mentalmente outra vez. Vamos até o fim, o futebol é assim, lutaremos - afirmou o De Bruyne, que já atuou como volante e também como atacante durante a competição na Rússia.

A última vez que a Bélgica passou um jogo sem fazer gols foi num amistoso contra Portugal, em 6 de fevereiro. Mas também não sofreu: 0 a 0. Fortalecer a defesa, para um time que na frente está "resolvido", foi a chave de Martinez para vencer o Brasil. Você pode pensar que a goleada por 5 a 2 sobre a Tunísia tenha sido o melhor jogo belga na primeira fase da Copa. Pois o técnico espanhol não ficou satisfeito justamente por conta da atuação da defesa. 

A Bélgica ficou exposta naquela partida. Sofreu 15 finalizações. O duelo é o que mais teve chutes a gol na Copa, um total de 31 (16 belgas). Martinez passou a pensar em formas de fortalecer o setor quando um rival mais forte pintasse no caminho. Witsel e De Bruyne jogaram à frente da zaga contra os africanos. O último trocou de posição para Fellaini, mais defensivo, entrar contra o Brasil. Neutralizar o forte meio e o rápido ataque da França é o novo desafio.

O treinador sabe que é muito difícil que seu time não faça gols. A chave para seguir adiante na Copa do Mundo é melhorar ainda mais o sistema defensivo, bombardeado pelo Brasil com 26 chutes a gol na última sexta-feira.