Copa do Mundo

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Ramos x Piqué? Eternos rivais de Real e Barça se unem pela seleção

Queda de Lopetegui e chegada de Hierro aproximou Sergio Ramos e Gerard Piqué, líderes que representam Real Madrid e Barcelona no elenco - que colecionam farpas e discussões

(AFP)
Escrito por

Poucos clássicos no mundo são tão acirrados quanto Real Madrid e Barcelona nos dias atuais. Mas esqueça ícones como Cristiano Ronaldo ou Lionel Messi. Os principais nomes dessa rivalidade estão na defesa e carregam a liderança como característica. Sergio Ramos e Piqué são eternos rivais, dentro e fora de campo, mas nesta Copa do Mundo se uniram por um motivo em comum: a gestão de crise dentro do elenco da seleção espanhola. 

As declarações após o empate com Portugal, pela primeira rodada do Mundial, mostram bem como está sendo feito esse trabalho de proteção de vestiário. Os zagueiros foram os primeiros a falar em Sochi e usaram o mesmo tom para passar as mensagens de que o grupo estava unido e que os jogadores lutariam até o fim pelo título mundial. Atitude vista como uma necessidade após a demissão de Julen Lopetegui, que rachou o clima com a Federação Espanhola. 

- A verdade é que temos que passar por isso o mais rapido. Foi um momento nada agradável (a demissão de Lopetegui). A Espanha deve estar acima de qualquer nome. O quanto antes esquecermos esse assunto, melhor. Venho ao Mundial com o comprometimento para ter uma equipe competitiva. Vamos partida a partida - disse Sergio Ramos, em tom seguido por Piqué: 

- O Mundial começou, há que se virar a página. Haverá tempo para recapitular, mas agora temos que focar no futebol. O feito de negociar com o Real Madrid não me incomodou em nada. É um clube grandíssimo e é o clube de sua vida. São mais discutíveis as formas do contrato, e foi aí que o presidente não gostou. Os jogadores, temos que acatar - afirmou o zagueiro do Barcelona. 

Ramos e Piqué são titulares na Espanha (Foto: ODD ANDERSEN / AFP)

Quem vê Sergio Ramos e Piqué trocando farpas, discussões e indiretas pelos seus clubes, percebe que a união na seleção espanhola é mais necessária que voluntária. Quando a bomba da demissão de Lopetegui estourou no vestiário, foram eles quem tomaram a dianteira para manter o elenco unido para a Copa do Mundo. De acordo com os jornais Marca e AS, os jogadores pediram pela permanência do ex-treinador, mas não foram ouvidos pelo presidente da Federação Espanhola Luis Rubiales. 

Outro ponto que os zagueiros alinharam foi o discurso de apoio para Fernando Hierro, técnico que assumiu o comando da seleção às vésperas do Mundial. Sergio Ramos foi o primeiro a postar uma mensagem de apoio em suas redes sociais logo após o anúncio. O capitão também compareceu na coletiva de apresentação do novo treinador, sentando junto com ele na mesa. 

Já Piqué apareceu pouco tempo depois para citar uma história do basquete norte-americano. Na ocasião, o treinador da Universidade de Michigan deixou a equipe para aceitar uma proposta do Arizona, em 1989. Mesmo após a sua saída, os jogadores conquistaram o título do basquete universitário naquela temporada. Ambas as mensagens tinham discursos alinhados para mostrar um grupo unido e foco na Copa do Mundo. Papéis de líderes. 

Apesar da "anistia" durante o período de Copa do Mundo, as relações de Sergio Ramos e Piqué limitam-se apenas a seleção. O zagueiro do Barcelona já criticou Cristiano Ronaldo, alegando que o português "gostava de se atirar" após ter um pênalti marcado a seu favor. Enquanto o zagueiro do Real Madrid brincou com a penalidade perdida por Lionel Messi, contra a Islândia. Tudo voltará ao normal depois do dia 15 de julho.