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Parreira fala sobre eliminação da Seleção: ‘Faltou experiência de Copa’

Ex-técnico da Seleção Brasileira falou sobre Neymar, Tite, falta de experiência e continuidade do trabalho. Confira tudo sobre a coletiva de Parreira 

Parreira falou com a imprensa nesta quinta-feira (Foto: Joosep Martinson - FIFA/FIFA)
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Em coletiva no Estádio Luzhniki, em Moscou, nesta quinta-feira, o ex-técnico Carlos Alberto Parreira, atualmente membro do Departamento de Estudos Técnicos da Fifa (TSG, na siga em inglês), apontou a falta de experiência no torneio como o fator determinante para a eliminação do Brasil nas quartas de final do Mundial. Sonhando com a próxima Copa, Parreira afirmou a equipe de Tite poderia ter ido mais longe, mas faltou se atentar aos  'detalhes' do torneio.

- Nesta Copa, faltou experiência de Copa. Tínhamos bons jogadores, mas poucos com Copa. O estafe técnico também. O Brasil poderia ter ido mais longe na Copa. Fomos melhores no segundo tempo, controlamos o jogo, tivemos chance de marcar. Mas a Copa é muito decidida no detalhe. Mas continuamos sonhando em ganhar no Catar. Estamos sempre buscando ganhar a Copa do Mundo. É como uma religião para nós - comentou o comandante do tetracampeonato mundial, em 1994.

Quando questionado sobre uma possível dependência brasileira de Neymar e Tite, Parreira destacou a importância de ambos, mas garantiu que o país pode sobreviver sem o camisa 10 do Paris Saint-Germain e o técnico que esta à frente da Seleção desde 2016.

- Acho que precisamos dos dois. Mas não podemos depender nem do Neymar, nem do Tite. O futebol brasileiro é muito grande e pode sobreviver sem Neymar e sem Tite. Mas, nesse momento, a gente precisa dos dois - disse o ex-treinador, que completou:

- Já tivemos Pelé, Zagallo, tivemos tanta gente... E conseguimos sobreviver! Mas, nesse momento, pela importância que eles ganharam, vamos precisar dos dois na próxima Copa do Mundo.

Para Perreira, é fundamental identificar o problema que vem ocasionando em decepções e frustrações em Copas do Mundo desde 2002, quando veio a conquista do pentacampeonato. Falando em fracassos, a eliminação da Amarelinha para a França nas quartas de final de 2006 também foi citada pelo brasileiro na coletiva.

- Não é só saber que há um problema, mas como resolver. Vamos para 20 anos sem título. Não é fácil ser um campeão do mundo. Não precisa ser só talentoso, se não ganharia todas as Copas. Precisa ter fome, ter paixão, ter organização. É muito diferente quando isso tudo está lá, quando há organização e talento, vamos ganhar. Quando falta algo, falhamos. Em 2006 não tínhamos a mesma fome, porque ganhamos em 2002. Os melhores jogadores não foram em sua melhor forma - expôs.

O ex-treinador acredita que o caminho para o Brasil voltar a ser vitorioso passa pelas mãos de Tite e que a permanência do treinador é fundamental para um bom desempenho no futuro. Ele ainda cita casos de técnicos que estão há um certo período à frente de suas respectivas seleções e tiveram sucesso.

- É importante que haja continuidade. A gente não dá continuidade aos treinadores. Veja o (Joachim) Low indo para 12 anos na Alemanha, o Tabárez, no Uruguai, com três Copas do Mundo. Vamos dar sequência ao trabalho que vamos sonhar com o Hexa - afirmou.

Por fim, Parreira opinou sobre as críticas feitas pela imprensa internacional em cima do craque Neymar, devido às recorrentes simulações durante a Copa do Mundo da Rússia.

- O Neymar dentro de campo é um jogador que faz a diferença, mas ele é muito agredido. Sofre muitas faltas, às vezes ele cai, às vezes ele não cai intencionalmente e dizem que ele se jogou... O Neymar atrai essa mídia toda contra ele. Mas o importante para nós é que ele segue sendo um jogador que faz a diferença - expôs Parreira, que concluiu:

- Pode ter havido um exagero da parte dele, mas tudo sobre Neymar ganha uma repercussão muito grande. Essa Copa deve servir para ele como uma grande lição, ele vai fazer a diferença jogando futebol, com a qualidade que ele tem. Deixa os problemas de arbitragem para os juízes resolverem. Ele vai fazer a diferença e continuará a ser importante para nós.