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Milagres e heroísmo: como Ochoa foi o ‘cara’ da eliminação do México

Goleiro mexicano evitou uma derrota por goleada diante do Brasil, em Samara, e fez pelo menos quatro defesas difíceis que deixaram sua seleção sonhar por mais tempo com vaga

BENJAMIN CREMEL / AFP
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Tentar adivinhar o esquema que Juan Carlos Osorio traria para enfrentar o Brasil era um desafio antes da partida desta segunda-feira, em Samara, mas era certo que viria uma surpresa. As tentativas de surpreender, porém, não apareceram somente no apito incial, mas sim durante toda a partida, baseadas sempre na estrela do grande Ochoa, que limitou a vitória brasileira a "apenas" 2 a 0 e foi o herói mexicano mesmo com a eliminação.

A ideia de jogo era muito clara desde o início: pressionar o Brasil em seu campo de defesa e explorar as laterais, fosse em contra-ataques ou em jogadas mais trabalhadas a partir do campo defensivo. O plano pareceu bem executado, principalmente pelo lado esquerdo, onde era visível a dificuldade de Fagner.


A aplicação do sufoco no Brasil durou aproximadamente 30 minutos: foi quando o esquema ofensivo de Osorio começou a ruir, com a Seleção Brasileira se impondo aos poucos. Dali em diante, Ochoa passou a ser o personagem do jogo, herói de um México que poderia ter saído de campo goleado.

A fantástica partida do goleiro mexicano teve pelo menos quatro defesas difíceis provocadas por quatro jogadores diferentes do Brasil: Neymar, Gabriel Jesus, Paulinho e Willian. Algo parecido com o que fez contra a Seleção Brasileira na Copa de 2014, quando as equipes empataram em 0 a 0 ainda pela fase de grupos daquela edição.

Sempre bem posicionado e parecendo antever o que os atacantes vão fazer, Ochoa fez um milagre, com a ponta dos dedos, ao evitar um gol de Neymar, após ótima jogada individual. Depois foi a vez de Jesus tentar explorar sua individualidade e arrematou de perna esquerda, outra vez para grande defesa do arqueiro mexicano.

Não parou por aí, na segunda etapa Ochoa voltou a montar seu paredão pessoal contra o ataque brasileiro, exceto na jogada em que Willian conseguiu tirar o cruzamento de seu alcance e deixou Neymar livre para marcar. Em seguida, o Brasil poderia ter ampliado após chute chapado de Paulinho, também defendido pelo goleiro.

Willian ainda tentou deixar a sua marca na partida em jogada individual e armando um chute fortíssimo, que novamente foi brilhantemente evitado por Ochoa. Foi a última grande intervenção do arqueiro mexicano na partida, em que ele foi diretamente o responsável por manter vivo, por mais tempo, o sonho de alcançar as quartas de final. Outra fantástica Copa de um goleiro que parece jogar bem sempre a cada quatro anos.

- Felicidades ao Brasil. Equipe de maior qualidade, com muito perigo no ataque. Foi merecida a classificação deles, porque buscaram fazer o gol o tempo inteiro. Queríamos todos ganhar, cada um deu o melhor de si para a equipe, mas hoje as coisas não foram das melhores para o México. Faltou precisão em alguns momentos que poderíamos ter feito o gol. No âmbito pessoal, fico feliz por ter participado dessa Copa. Mas não posso estar contente porque o México não foi adiante - comentou Ochoa, ao fim do jogo.