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Curiosidades das Copas: Jules Rimet, a taça que foi roubada duas vezes

Troféu foi encontrado por cão na Inglaterra, em 66 e, conquistado em definitivo pelo Brasil em 70, foi roubado da sede da CBF e nunca mais apareceu. Conheça essas histórias!

(Foto: Divulgação)
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Em 1970, o Brasil tornou-se o primeiro tricampeão do mundo e ficou em definitivo com a Taça Jules Rimet, batizada em homenagem ao dirigente que presidiu a Fifa entre 1921 a 1954. O troféu oficial, erguido por Bellini (58), Mauro (62) e Carlos Alberto Torres (70), acabou vivendo peripécias dignas de filme - e virou um, de fato ("O Roubo da Taça", de 2016): 'sumiço' nos anos 30, um resgate por um cão em 66 e roubo da sede da CBF no início dos anos 80. 

Esculpida em desenho da deusa grega Nice, representando o triunfo e a glória, a Jules Rimet não recebeu este nome inicialmente. A princípio, foi chamada de "Vitória", só sendo renomeada em 46. O galardão foi criado para o Mundial do Uruguai, conquistado pelos anfitriões, em 1930. Após a Itália ser bicampeã (34 e 38), ficou no país mediterrâneo provisoriamente até a edição seguinte, como determinava a regra. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial (1938-45), não houve disputas em 42 e 46. Em 38, Ottorino Barassi, italiano que era vice-presidente da Fifa, retirou às escondidas o objeto de um banco e o acondicionou em caixa de sapatos embaixo de sua cama. Assim, impediu o risco de ser subtraída pelos nazistas, que vinham se apropriando de relíquias e obras de arte nos países que invadiam. 

Em 1966, às vésperas da Copa na Inglaterra, a Jules Rimet sumiu e foi encontrada embrulhada em papéis de jornal pouco antes do início do Mundial por um cão chamado Pickles, quando este passeava com seu dono em um subúrbio de Londres. O animal ficou famoso e a taça pôde ser entregue aos britânicos, que venceram a Alemanha na decisão. 

Em 1970, a superseleção comandada por Zagallo, que tinha, entre outros, Rivellino, Jairzinho, Tostão, Pelé e Gerson, levou o Brasil ao tricampeonato e ficou com a posse definitiva do troféu. Em 1983, ele foi roubado da sede da CBF e nunca mais encontrado. A réplica estava em um cofre, enquanto o original, exposto em uma redoma de vidro para exposição na sala de troféus da confederação. A proteção foi quebrada em um assalto promovido por três pessoas - uma delas, Sérgio Peralta, trabalhava na entidade como representante do Atlético-MG. Prevaleceu a versão de que a honraria foi derretida, mas há dúvidas a respeito. Em 2016, Guy Oliver, curador do museu da Fifa, disse em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo que a entidade não cria na tese do derretimento e que haveria buscas para resgatá-la mais de três décadas após o roubo. O fato é que o paradeiro da Jules Rimet segue incógnito. 

Carlos Alberto Torres levanta a taça Jules Rimet em 70, quando o Brasil ficou com a posse definitiva (Foto: Arquivo LANCE!)

Os mundiais em que a Rimet esteve em disputa 

1930, no Uruguai - final: Uruguai 4 x 2 Argentina
1934, na Itália - final: Itália 2 x 1 Tchecoslováquia
1938, na França - final: Itália 4 x 2 Hungria 
1950, no Brasil - final: Brasil 1 x 2 Uruguai
1954, na Suíça - final: Alemanha 3 x 2 Hungria
1958, na Suécia - final: Brasil 5 x 2 Suécia 
1962, no Chile - final: Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia
1966, na Inglaterra - final: Inglaterra 4 x 2 Alemanha
1970, no México - final: Brasil 4 x 1 Itália