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Os caras das Copas: Hristo Stoichkov, o ‘Cristo búlgaro’ no Mundial de 94

Atacante falastrão e habilidoso guiou a Bulgária até uma improvável semifinal

(Foto: Reprodução de internet)
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A Copa de 1994 teve Romário e Roberto Baggio como protagonistas. Mas, completando o pódio no quesito destaque naquele Mundial, aparece o nome do búlgaro Hristo Stoichkov. O atacante explosivo e habilidoso guiou seu país ao quarto lugar na Copa dos Estados Unidos. Até aquele Mundial, a Bulgária tinha disputado cinco Copas e jamais havia vencido um jogo sequer. Já com Stoichkov, chegou perto do título. "Existe um Cristo lá em cima e outro aqui embaixo. Ambos fazem milagres", comentou certa vez o falastrão e polêmico jogador, em alusão ao seu nome Hristo, a versão búlgara para Cristo.

(Imagem: Arte LANCE!)

O "Cristo búlgaro", então com 28 anos, foi para a Copa de 1994 como jogador do Barcelona, onde era um dos grandes nomes do time. A vaga no Mundial tinha sido conquistada de forma heroica, com uma vitória sobre a França em Paris - tirando os franceses da Copa. Mas, apesar disso, não se esperava muito daquela seleção. A estreia na Copa ocorreu contra a Nigéria e o placar foi um banho de água fria nos búlgaros: vitória de 3 a 0 para os africanos. Stoichkov até fez um golaço de falta, mas o lance foi anulado porque deveria ter sido uma cobrança indireta. O segundo duelo foi contra a Grécia. Stoichkov marcou duas vezes de pênalti e abriu caminho para goleada por 4 a 0. Finalmente a Bulgária vencia numa Copa - e estava a um empate de avançar às oitavas de final.

O terceiro jogo era um desafio e tanto, contra a Argentina. Em seu duelo anterior, a Argentina tinha vencido a Nigéria por 2 a 1, mas perdido Diego Maradona após ele ter sido reprovado em um teste antidoping. Aos 16 minutos do segundo tempo, Stoichkov abriu o placar em contra-ataque fulminante. No fim, a Bulgária triunfou por 2 a 0 e passou de fase. Nas oitavas, veio o México, que eliminou a Bulgária na Copa de 1986. Stoichkov fez um golaço de perna esquerda logo aos seis minutos. O México empatou e levou o duelo para os pênaltis, mas os búlgaros saíram vitoriosos por 3 a 1 nas cobranças. Nas quartas, era a vez da missão mais dura até então: encarar a Alemanha.

Os alemães, campeões do mundo em 1990, saíram na frente no início do segundo tempo, com Lothar Matthäus, de pênalti. A Alemanha estava jogando bem e parecia imbatível. Rudi Völler chegou a marcar mais um, porém estava impedido. A Bulgária pouco conseguia fazer, até que Stoichkov mais uma vez chamou a responsabilidade. O camisa 8 sofreu uma falta a 25 metros do gol alemão e pegou a bola para bater. Na cobrança, um golaço. Eram 30 do segundo tempo e a Alemanha sentiu o baque. Três minutos depois, Yordan Lechkov virou e chocou o mundo. A Bulgária estava na semifinal da Copa.

A semi era contra a Itália. Roberto Baggio, porém, logo foi tratando de encerrar o conto de fadas búlgaro, marcando aos 21 e 25 do primeiro tempo. A Bulgária, valente, descontou com seu craque: Stoichkov marcou de pênalti no último minuto antes do intervalo. No entanto, a reação búlgara parou por aí. Na disputa pelo terceiro lugar, diante da Suécia, a Bulgária perdeu seu fôlego e foi atropelada por 4 a 0. No fim das contas, Stoichkov acabou aquela Copa com a Bola de Bronze do Mundial e como artilheiro, com seis gols - dividindo o posto com o russo Oleg Salenko, que só num 6 a 1 contra Camarões marcou cinco.

A Bulgária também disputou a Copa de 1998, na França, e Stoichkov teve a oportunidade de jogar o segundo Mundial de sua carreira. Porém, já com 32 anos, não conseguiu desempenho parecido com o que o consagrou nos Estados Unidos. Os búlgaros empataram com o Paraguai por 0 a 0, perderam por 1 a 0 para a Nigéria e levaram 6 a 1 da Espanha. Stoichkov saiu de cena sem um gol sequer, mas já era uma lenda pelo que tinha feito quatro anos antes.