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Brasileiros cantam ‘Piqué tchau’ e russos deliram pelas ruas de Moscou

Assim que Akinfeev fez o Lujniki explodir, ruas da capital da Rússia foram tomadas em festa histórica, digna de título. Torcedores do Brasil entraram na onda. Haja cerveja...

Thiago Salata
Escrito por

Assim que Akinfeev defendeu o segundo o pênalti contra a Espanha e classificou a Rússia para as quartas de final da Copa do Mundo, o estádio Lujniki explodiu e, no embalo, toda cidade de Moscou. Um feito histórico está sendo comemorado como se deve: festa de título! Desde que passou a jogar o Mundial como Rússia, em 1994, o país jamais tinha chegado a esta etapa do torneio. A última vez, como União Soviética, foi em 1970, quando caiu para o Uruguai (havia menos equipes e as quartas eram a primeira fase eliminatória - em 1982, em outro formato, a URSS foi eliminada num grupo de segunda fase).

O Lujniki recebeu 78.011 torcedores, em sua grande maioria russos. A torcida jogou junto com sua seleção a cada ataque, a cada dividida, a cada defesa de Akinfeev. A explosão final fez russos chorarem e, partir daí, era só festejar. O público começou a deixar o estádio em êxtase - muitos torcedores já acumulavam pilhas de copos de cervejas vazios nas mãos. Os brasileiros presentes entraram no embalo ao ritmo da música que ficou famosa com Messi e ganhou nova versão: "E o Piqué tchau, Piqué tchau, Piqué tchau, tchau, tchau!". A caravana seguiu junta até as estações de metrô próximas ao Lujniki.

Os torcedores russos, dançando e bebendo, saíram nas janelas dos prédios para acenar ao público que caminhava e gritava: "Rússia! Rússia! Rússia!". Os gritos com o nome do país e outros exaltando Akinfeev regeram a festa. As estações foram tomadas, com trens abarrotados. Ninguém se importou com aglomeração ou calor - é importante ressaltar a eficiência e rapidez do metrô de Moscou, que atende grande parte da cidade de 12 milhões de habitantes.


A maioria dos torcedores tinha destinho certo: o centro. A região da Praça Vermelha, e os bares próximos que viraram reduto de fãs do futebol durante a Copa, foi tomada. Os buzinaços seguiram noite a dentro, com fãs enlouquecidos (e bêbados) nas janelas dos automóveis. O policiamento nas ruas foi reforçado para controlar os acessos.

Muitas crianças saíram para festejar a classificação com os pais. Várias sorriam e vibravam com os rostos pintados com a bandeira da Rússia. Desconhecidos passaram a se cumprimentar. Em frente ao Teatro Bolshoi, na região central, uma larga avenida demanda tempo para ser atravessada. Ao sinal verde, os dois grandes grupos de pedestres, um de cada lado, caminhavam e se abraçavam aos berros. Os turistas, claro, entraram na festa do time da casa.


A venda de cerveja mais uma vez explodiu. Vários bares na região central já têm sofrido com a dificuldade de manter o estoque diante da grande procura. Alguns chegaram a encerrar vendas pela falta do produto. Os cercos no centro de Moscou também têm dificultado o abastecimentos aos bares.

Quem também terá trabalho será o serviço de limpeza da cidade. Serviço este que tem sido eficiente. As ruas limpas chamam atenção mesmo com as festas diárias desde o início da Copa. Nenhuma festa, porém, foi do tamanho da que se viu neste domingo. Para os russos, eles já conquistaram a Copa do Mundo.

Ao menos até o fim da noite russa (tarde no Brasil), grandes confusões não foram vistas no centro. Boa parte da torcida vai virar a madrugada nas ruas.