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Argentina paga mico no dia de treino livre na Rússia

Mais de 100 repórteres são barrados na atividade que foi realizada nesta segunda-feira em Bronnistye, nos arredores de Moscou

Jornalistas não conseguem acesso ao treinamento da Argentina (Foto: Carlos Alberto Vieira)
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Uma confusão dos diabos na entrada da torcida e da imprensa marcou o primeiro treino aberto da Argentina, em Bronnistye, na tarde desta segunda-feira. Com poucos ingressos distribuídos, cerca de 150 torcedores que queriam ver a seleção ficaram a ver navios. Deu ruim também para os jornalistas: 100 deles acabaram barrados porque não tinham ingressos especiais que foram distribuídos antecipadamente, o que gerou o maior estresse na entrada da tribuna de imprensa.

A coisa pegou porque a administração do local do treino definiu um número limitadíssimo: 180.  Assim, priorizou a imprensa argentina. Mas mesmo assim, alguns profissionais hermanos, que chegaram quando restavam 30 minutos para o treino começar, ficaram chupando dedo.

- Não tem como pegar nem mesmo cinco minutos. Sou de uma mídia argentina e preciso desse registro. – disse um deles, de uma TV e que pediu para não ser identificado

Mas era a imprensa internacional que estava em maior número e bem mais irritada.

- Eles distribuíram 135 ingressos. Depois, cerca de mais 60, essa segunda leva quase toda para a imprensa da Argentina, o que é correto. Mas isso é uma lástima, uma vergonha para o evento. Como a Argentina, uma favorita ao título, protagoniza um papelão desses e deixa 100, 150 profissionais barrados enquanto distribuem ingressos para outros convidados - disse Nahum Miranda, da Rede de Tv La Sexta, uma das maiores da argentina.

Outro frustrado era Steven Garcia, da Radio Caracol, a principal da Colômbia.

- Esse favorecimento para a imprensa da Argentina nós temos de entender. Mas como a organização pode imaginar que não vai aparecer centenas de jornalistas do mundo inteiro para cobrir os trabalhos de um time com Messi e tantos jogadores importantes?

- Estamos falando da Argentina ou de um time pequeno do interior da Rússia? questionou o turco Tarez Ustan.

Sua revolta também era com a imensa dificuldade para o acesso até o bunker argentino. Afinal, o pente fino é, até agora, o maior que se vê neste primeiros dias de Copa. Para se ter uma ideia, o CT só tem uma entrada e fica numa região que é uma ilhota. Há três cordões de isolamento, no qual o primeiro proíbe a passagem de veículos, o segundo a entrada de não credenciados, onde eles dão um ingresso apenas para transitar até a terceira barreira, que foi esta onde se obrigava a ter o tal ingresso para ver o treino.

- Isso é o primeiro dia. Vamos relevar, não sabíamos – tentava chorar um argentino, em vão.

- Não dá meu senhor. Sou apenas um dos voluntários - se explicava um russo:

- Mas o meu chefe vai dar a explicação final em alguns minutos.

O treino já rolava solto, uma repórter argentina recebeu aquele que parecia ser o último ingresso disponível, bem na surdina, e logo apareceu o responsável. Basicamente disse: não dá pessoal, tudo lotado. Foi a senha para Ivan Karpov, ancora do cjhampionat.com, da Rússia, soltar o verbo.

- Começamos mal, hein, o que acha que todos nós queremos fazer aqui? – apontando para dentro do CT, onde o treino rolava solto e do lado de fora ninguém via nada.