Chapecoense

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Mais ‘cascuda’, Chapecoense tenta surpreender campeão da Liberta

Time catarinense quer aproveitar maturidade adquirida contra 'gigantes' para bater o San Lorenzo (ARG) e chegar à final da Copa Sul-Americana pela primeira vez na história

Chapecoense superou forte chuva  e virou sobre  o Junior Barranquilla para ficar a um passo da decisão  (foto: AFP)
Escrito por

Após a classificação histórica sobre o Junior Barranquilla (COL), chegou a hora de a Chapecoense sonhar mais alto. Nesta quarta, às 21h45 (de Brasília), o time do oeste catarinense visita o San Lorenzo (ARG) pelo primeiro jogo das semifinais. Ao LANCE!, o técnico Caio Júnior afirmou ver a Chape “cascuda” para brigar de igual para igual com o campeões da Libertadores de 2014.

– Vamos enfrentar uma pressão enorme, a torcida argentina apoia o tempo todo, é muito aguerrida. Porém, já estamos acostumados. O time viveu isso no ano passado, contra o River Plate, e agora no mata-mata da Sul-Americana. Somos um time experiente, que não se impressiona fácil – disse o treinador.

O River foi o adversário do Verdão do Oeste nas quartas de final do ano passado. Então campeão da Libertadores, o time argentino venceu o jogo de ida no Monumental de Nuñez por 3 a 1. A Chape chegou a vencer por 2 a 1 na Arena Condá. O placar, contudo, não foi suficiente para levar o time adiante. 

Não é só isso. Nesta edição do torneio, a Chapecoense penou para passar do Independiente (ARG) - heptacampeão da Libertadores - nas oitavas de final. A decisão foi para os pênaltis após dois empates sem gols. Em noite inspirada do goleiro Danilo, responsável por quatro defesas nas penalidades, o time venceu.

– Vivo a melhor fase da minha carreira, e a Chape vive o melhor momento de sua história. É o segundo ano que o clube joga um campeonato internacional e vai muito bem. Se adaptou à competição – avaliou o "herói" Danilo. 

Já nas quartas, a Chape enfrentou problemas de logística e uma longa viagem à Colômbia. Perdeu pelo placar mínimo fora de casa e foi capaz de vencer por 3 a 0 em Chapecó (SC), debaixo de um temporal, para ir à inédita semifinal.

– São provas desse crescimento. Encaramos os adversários fora de casa, seguramos o resultado. A gente já tem certa maturidade – acrescentou Caio. 

O treinador já gravou sua história no nome do clube, mas quer ir além. Para encerrar o ano satisfeito, Caio Júnior quer manter o clube na elite do Brasileiro
- em que busca terminar acima da 14ª colocação para superar o recorde do clube na Série A (2015). Atualmente, a Chape está em 11º lugar, com 43 pontos. E, se houver gás, ir à decisão da Sul-Americana. 

– Somos um dos quatro melhores times da América e a ficha ainda não caiu. Penso que só vai cair mais para a frente, daqui a uns dez anos, quando as pessoas olharem para trás e lembrarem desse momento, dessa fase tão fantástica. Mas, ainda não acabou. Quero ir à final. Agora está muito perto, não é uma coisa impossível – concluiu o treinador, ecoado por seu atleta.

– É o sonho de todos os jogadores, da comissão, da diretoria, da cidade conquistar esse título. E é um sonho possível.  Vamos buscá-lo com toda a nossa garra, toda a nossa força – prometeu Danilo.

A Chapecoense terá a chance de continuar fazendo história na noite desta quarta. O jogo de volta com o San Lorenzo será no dia 23 de novembro, na Arena Condá. Caso avance, o time enfrentará o vencedor entre Cerro Porteño (PAR) e Atlético Nacional (COL) - atual campeão da Libertadores -, que empataram em 1 a 1 nesta terça, no jogo de ida no Paraguai. De degrau em degrau, a equipe catarinense vai mostrando que está cada vez mais cascuda. 

Bate-bola com Caio Júnior, técnico da Chapecoense:
'A torcida tem que colocar o time para cima nessa reta final'

A que se deve essa ascensão da Chapecoense nos últimos anos?
Tem a ver com a seriedade das pessoas do clube, mas é uma soma de fatores. As pessoas são sérias, honestas, organizadas, trabalham no clube como se fosse uma empresa, e essa empresa é bem administrada. Funciona rigorosamente tudo em dia, principalmente em relação a pagamento de salário, premiação e direito de imagem. Temos um bom CT, um bom estádio com estrutura, boa alimentação, sempre ficamos nos melhores hotéis. O grupo de jogadores é muito bom, muito bem escolhido. Você vai somando tudo isso e vai tendo sucesso cada vez mais.

A torcida da Chapecoense faz diferença na Arena Condá?
Acho que ainda o torcedor da Chapecoense é um pouco espectador, vai para o estádio ver o jogo, mas devagarinho tá mundo. E tem que mudar, especialmente nesses últimos jogos, tem que ser muito mais incentivador que espectador. Colocar o time para frente, colocar o time para cima, gritando, incentivando. Esse jogo com o Junior Barranquilla foi fantástico, embaixo de chuva o tempo todo e gritaram o jogo inteiro. Foi inesquecível.