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Vice comenta sobre projeto dos Moreira Salles: ‘É uma necessidade’

Luis Fernando Santos, VP executivo do Botafogo, afirmou que todos dentro do clube torcem pela profissionalização, mas realça preocupação em tempo para realização

Luis Fernando Santos faz parte da diretoria do Alvinegro (Foto: Vítor Silva/SS Press/Botafogo)
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A expectativa dentro do Botafogo para a possível profissionalização do clube é grande. Luis Fernando Santos, vice-presidente executivo do clube, comentou, em entrevista à Rádio Brasil, que o maior cuidado da diretoria e do Conselho Deliberativo, que estarão envolvidos diretamente na entrada dos irmãos Moreira Salles, é sobre o tempo que o clube terá para realizar a separação entre uma nova empresa, que seria administrada pelos irmãos, e a parte social, que ficaria a cargo da atual diretoria.

- Existe um caminho duro a ser trilhado, uma vez que nós temos o projeto conceitual que deve ser detalhado. E o tempo para aplicação é muito curto. Temos até o início de janeiro, porque essa mudança só pode ser feita na janela, ou seja, no intervalo em que não há nenhuma competição sendo realizada. A expectativa é a melhor possível sobre os resultados que serão trazidos ao Botafogo, uma vez que no primeiro momento nós tornamos o Botafogo administrável - afirmou.

Luis Fernando Santos não esconde: a entrada dos irmãos Moreira Salles é uma obrigação para o Botafogo reencontrar os dias positivos. Além disso, o dirigente reiterou que nenhuma pessoa dentro do clube é contrária à entrada de João, Walter e possíveis novos investidores.

- Eu acho que é um caminho, uma necessidade, e a diretoria do Botafogo está profundamente empenhada em fazer com que este projeto se torne realidade. Não há nenhum obstáculo. Não existe. Nós somos botafoguenses e queremos o melhor para o Botafogo. Todo nosso conhecimento será aplicado e transferido para quem quer que seja para que o projeto dê certo - garantiu.

João e Walter Moreira Salles são botafoguenses (Foto: Reprodução)

Dívidas
A situação financeira do Botafogo é preocupante. Há muito tempo, o clube convive com salários atrasados - em 2019, os jogadores, inclusive, fizeram uma greve de silêncio. Luis Fernando Santos explicou que o atual cenário é uma consequência do passado e o clube, caso o processo seja positivo, buscará um valor específico para resolver isto.

- Há cinco anos, em 2014, estudos feitos naquela época demonstravam que nós tínhamos uma necessidade de R$ 350 milhões de dinheiro novo para sanear o clube. Gestão não basta. Depende de recursos financeiros. As cobranças vão aumentando à medida que você não consegue resolver parte da dívida no primeiro ano, ela vai acumulando para os anos seguintes. Ou seja, os R$ 350 milhões que eram necessários em 5 anos não foram aportados e hoje a gente precisa de R$ 300 milhões em um ano – explicou o dirigente.

O dirigente, portanto, explica que a necessidade de arrecadar R$ 300 milhões, que podem vir de diferentes empresas ou investidores, será utilizado, em um primeiro momento, para resolver dívidas que atormentam o Botafogo e podem gerar consequências esportivas, como penhoras e valores cobrados por atletas ou funcionários que passaram pelo Alvinegro no passado.

- Nesse ponto que todo esse projeto está focado, em resolver as dívidas de curto e médio prazo e tornar o Botafogo administrável ao longo do tempo, gerando caixa suficiente não só para remunerar os investidores, mas também para melhorar o nível do departamento de futebol. Existe uma ligação quase que direta entre orçamento do futebol e resultado das competições. O Botafogo ao longo dos últimos anos tem se mantido na primeira página da tabela com um orçamento de clube da Série B. Isso se deve certamente à toda estrutura profissional que existe no departamento de futebol e, claro, ao empenho e dedicação dos atletas - completou.

Luis Fernando reafirmou que todo este processo seria impossível de ser concluído caso o Botafogo fosse rebaixado no Campeonato Brasileiro. Se jogar a Série B no ano que vem, a cota vinda dos direitos televisivos diminuiria e seria mais difícil para atrair novos investidores. Atualmente, a equipe de Eduardo Barroca é a nona colocada do Brasileirão, com 19 pontos.

- Seria desastroso. Ao contrário do que ocorria no passado, que o time mantinha os recursos no primeiro ano de Série B, hoje o clube que cai, se não tiver dinheiro em caixa para suportar um ano de operação de departamento de futebol sem contar com recursos externos, ele praticamente vai começar a brigar de igual para igual com os outros times da Série B, tornando o retorno muito mais difícil – finalizou.