Meu Fogão

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

CEO do Botafogo prevê melhora no orçamento do clube: ‘Vamos entregar resultado R$ 70 milhões melhor’

Jorge Braga afirma que expectativa é de evolução nas receitas mesmo com a Série B do Brasileirão e coloca que retorno à elite é essencial para as finanças do clube

Jorge Braga é o CEO do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Escrito por

O Botafogo teve um importante reforço para as questões de fora de campo na temporada 2021: Jorge Braga, contratado para ser o CEO, função inédita no clube. Em entrevista ao "UOL" nesta quinta-feira, o profissional explicou como funcionou o começo do trabalho e os procedimentos nesses mais de seis meses no Alvinegro.

+ Rafael recusou salário quase três vezes maior do Fluminense para fechar com o Botafogo

– Passei 30 dias escutando e falando com todo mundo para ter um diagnóstico o mais isento possível. A vantagem de vir de fora é não ter a paixão do futebol na hora de olhar o que é bom e o que é ruim. Estava correto em relação às finanças, o clube só tinha caixa para mais algumas semanas. Seguimos fielmente o que vislumbramos. Há uma gestão muito forte de corte de custos e despesas, reorganização da casa, estruturar a dívida e buscar investimentos. Continuam sendo as quatro premissas básicas para o Botafogo atravessar 2021 e buscar a Série A, de onde nunca deveria ter saído - afirmou.

A principal questão envolvendo a contratação envolvendo Jorge Braga, claro, é a parte financeira. Com quase R$ 1 bilhão em dívidas e com cofres asfixiados, o CEO explicou que o Botafogo está realizando processos de reestruturação e que a tendência é de uma melhora nas receitas mesmo disputando a Série B do Brasileirão.

 – O Botafogo colocou na rua um balanço sem ressalva de auditoria pela primeira vez em muitos anos. Era uma degradação acelerada das contas, a queda para a Série B prejudicou em quase R$ 100 milhões, entre direitos de transmissão, patrocínio e sócio-torcedor. Nosso produto é futebol, quando ele sofre, o negócio sofre - explicou.

+ Felipe Neto, Marcelo Adnet e criptomoeda: a operação financeira do Botafogo para contratar Rafael

– Temos conseguido reverter esse quadro. Fizemos aprovação de planos de metas estratégicas até 2024. Para ter ideia, esse ano, cumprindo o orçamento à risca, apesar de ter receita R$ 70 milhões menor vamos entregar resultado R$ 70 milhões melhor, o que é uma resposta inequívoca da melhoria da gestão. Não é só questão de números, todos os processos de gestão, inclusive do futebol, avançaram. Isso não começou quando cheguei em março, veio no início da gestão, que tem objetivos claros e vem cumprindo. A própria estrutura de vice-presidentes é menor. A ideia é tornar a gestão profissional - completou.

No fim de abril, Jorge Braga afirmou, em um comunicado divulgado à torcida, que "se fosse empresa, o Botafogo já teria falido há tempos" e colocou o 4º lugar da Série B como meta. Quase cinco meses depois,  dirigente explicou a declaração.

– Um dos meus objetivos é estabelecer expectativa. Quando cheguei, ainda era muito parecida com a de outras gestões, faça qualquer coisa, ganhe o título, depois vemos como fazemos. É claro que ninguém quer só o quarto lugar, mas qualquer um dos quatro lugares (da Série B) é o que precisamos para ter acesso. Entendo, respeito, também sou torcedor e gosto de títulos. Mas cabe uma discussão: o modelo de negócios do futebol está mudando no mundo e acelerando no Brasil. Para concorrer a primeiro e segundo lugares, o nível de investimentos em atleta tem que ser o dobro ou triplo. O modelo de negócios é muito alavancado e pouco eficiente para os que disputam as primeiras posições, exceto se tiver uma concentração de receitas de transmissão muito grande - analisou.

Jorge explica: a meta é retornar à elite do futebol brasileiro, seja lá em qual posição for. Em um pensamento financeiro, é essencial que o Alvinegro volte a ter contato com aquilo que a Série A do Brasileirão oferece e, então, pensar em realizar qualquer tipo de investimento.

– Temos que pensar no que é viável para o Botafogo. Brigamos para ser campeões, mas fazendo as contas friamente, nosso objetivo para o ano que vem é subir com responsabilidade. Voltando para a Série A são R$ 70 milhões a mais, talvez R$ 100 milhões, porque vem patrocínio, sócio-torcedor aumenta, licenciamento. Aí sim conseguimos colocar a casa em ordem e voltar a fazer investimentos conscientes para brigar por títulos. A expectativa de 2021 é sobreviver e obter o acesso em uma das quatro posições - admitiu.