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‘Querem futebol de volta? E daí? Lamento’: Autuori cita expressão de Bolsonaro e critica possível retomada

Técnico do Botafogo se mostrou contrário à pressão do governo federal e sugestão da CBF para que os treinamentos e jogos voltem de forma gradual no país

Autuori é totalmente contra a volta do futebol neste momento (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
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Depois do dirigente Carlos Augusto Montenegro ter garantido que o Botafogo não vai retomar as atividades esportivas até que tenha garantia da segurança das autoridades de saúde, o técnico Paulo Autuori engrossou o coro dos insatisfeitos com a pressão para o retorno aos gramados. O treinador alvinegro considerou uma enorme falta de respeito com os profissionais a realização de treinos e jogos em meio a pandemia do coronavírus. 

– Me parece uma sandice falar sobre o retorno das equipes de futebol neste momento. Falta de respeito diante de tantas mortes e sofrimentos. Demonstra uma preocupante falta de conhecimento dos responsáveis a favor dessa medida sobre a complexa rotina dos treinamentos de futebol. Ausência de preocupação e de respeito aos profissionais, especialmente daqueles mais sacrificados, que não são jogadores nem membros da comissão técnica. Nós, profissionais, merecemos respeito. Querem futebol de volta? E daí? Lamento –disse Autuori, em entrevista ao Programa Esporte Espetacular, da TV Globo. 

O treinador, como se pôde ver, usou uma expressão do presidente Jair Bolsonaro, que recentemente deu a entender que nada pode fazer para conter as mortes causadas pelo coronavírus no Brasil. Autuori, no entanto, tem um discurso contrário ao do governante, que apoia a volta do futebol.

A polêmica teve início na última semana, quando o Ministério da Saúde emitiu um parecer favorável ao retorno do futebol, sob o argumento de que as transmissões das partidas pela TV ajudariam a manter as pessoas em casa. No Rio de Janeiro, um dos estados com maiores índices de letalidade pelo Covid-19, a Federação Carioca aguarda autorização da Secretaria Estadual de Saúde para tomar medidas. O decreto de isolamento no estado foi estendido até 11 de maio e o municipal, da capital, até 15 de maio.