Em um jogo marcado por polêmicas de arbitragem, o Bahia perdeu por 3 a 1 para o Vasco na noite desta quarta-feira, em São Januário, e confirmou sua pior fase no Brasileirão deste ano, com um ponto somado nos últimos quatro jogos. A equipe de Rogério Ceni até saiu na frente com Sanabria, mas sofreu um apagão depois da expulsão de Jean Lucas, ainda no primeiro tempo, e viu o Cruzmaltino virar o jogo.
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Durante a entrevista coletiva, os possíveis erros da arbitragem comandada por João Vitor Gobi foram o principal tema citado pelo treinador do Bahia.
— O que deixa a gente um pouco confuso são os critérios. No lance de Jean Lucas eu não sei se, de fato, foi uma cotovelada. Eu vejo ele girar o corpo. O outro lance que foi falta do Vasco, o jogador deles colocou a mão na cara de Juba com um minuto de jogo. Mesma coisa no lance do escanteio em cima do Gilberto, ainda no primeiro. A gente conhece a pressão que é feita aqui, desde o momento que a arbitragem aparece no campo. Os critérios são distintos. Como é que chama o VAR para o lance do Jean Lucas e não chama para a falta sofrida pelo Juba? Como é que chama o VAR no lance do Sanabria? Não teve absolutamente nada — criticou o treinador.
— Infelizmente a gente não conseguiu segurar a pressão no primeiro tempo para ajustar o time no intervalo. Acabamos sofrendo um gol de bola parada. Mas o jogo foi definido nesses detalhes de arbitragem. O cara que está lá em cima no ar-condicionado dá a direção que ele quer no jogo. Não há critério, não há um padrão. Isso define o jogo — completou.
Sanabria vira destaque no Bahia
Para além da arbitragem, Rogério Ceni foi perguntado sobre o desempenho de Sanabria, que voltou a se destacar pelo Bahia e marcou o único gol do time contra o Vasco em mais uma atuação consistente.
— O Sanabria no um contra um é um jogador insinuante, leva muita vantagem. Em alguns jogos ele se destacou mais, como contra o Ceará e o Cruzeiro. Diante das lesões, ele se tornou uma peça fundamental, pode jogar nos dois lados. Ele tem uma perna esquerda muito boa e finaliza com qualidade. Essa é uma posição que se desgasta muito, precisamos que os atletas voltem.
Mas o gol de Sanabria não foi o suficiente para o Bahia, que pecou na bola aérea contra um time que sabe se aproveitar muito bem das fragilidades do adversário neste tipo de jogada.
— Um dos motivos do Rezende jogar foi esse. Os últimos cinco gols do Vasco tinham sido de bola parada. O Rezende estava no segundo pau. Depois da expulsão, o Rezende vem à frente, e o Puma cabeceia entre os dois zagueiros. Vegetti tinha bloqueio individualizado, e os outros jogadores, com um a menos, não tinha como bloquear com mais um. Acho que o Gilberto poderia ter fechado mais com o Rezende [gol de empate], Coutinho entra de trás no espaço entre Rezende e Gilberto, se não me engano. Estávamos nos reposicionando, o Vasco não estava conseguindo entrar. No momento com a linha mais desprotegida sofremos o gol — analisou.
Agora o Bahia tem mais dois dias de trabalho antes de enfrentar o Palmeiras, em partida marcada para as 16h deste domingo (horário de Brasília), na Arena Fonte Nova, pela 25ª rodada do Brasileirão.