Barreira do Gigante

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Veja os setores do Vasco que podem ser afetados pela paralisação no futebol

Ainda não é possível prever os valores reais do impacto, no entanto, a expectativa de arrecadação do orçamento votado para 2020 não deve ser cumprida

Vasco ainda tem salários atrasados e tenta formas de não aumentar a dívida (Foto: Rafael Ribeiro / Vasco da Gama)
Escrito por

Ainda não é possível projetar qual será o impacto exato da pandemia do novo coronavírus no futebol. Não só pelas mudanças no calendário de todos os campeonatos, mas também na parte financeira. Por isso, os clubes começam a tentar imaginar as mudanças naquilo que havia sido projetado antes da paralisação. No orçamento votado para 2020, o Vasco calculou uma receita bruta de cerca de R$ 324 milhões e um superávit de R$ 154 milhões. Esses números devem mudar.

Mesmo sem fazer previsões mais precisas por ser um cenário sem precedentes, é possível olhar quais áreas podem ser impactadas pela paralisação e que vão culminar em uma receita menor do que a prevista. A projeção de bilheteria (R$ 20.382.361,00), por exemplo, pode ter um impacto, já que ainda não se sabe como vão ser os modelos das disputas dos campeonatos quando retornarem.

Além disso, a venda dos direitos dos jogadores (estimada em R$ 46.916.100,00) também pode não acontecer. Isso já vinha sofrendo um impacto desde a fratura de Talles Magno, considerado o maior ativo do clube. Com o futebol parado, é improvável que alguma situação avance pelo menos neste primeiro momento. Esse é o mesmo caso da expectativa de arrecadação com o mecanismo de solidariedade (R$ 17.195.000,00) já que o mercado está quase parado.

Com marketing, envolvendo patrocínio, permutas, loterias e licenciamento, o Vasco projetou arrecadar, no total, R$ 10.960.000,00, tendo um superávit de R$ 9.478.477,96. Vale lembrar que a Azeite Royal já rescindiu o contrato com o clube, assim como fez com os outros três grandes do Rio e o Maracanã. Outros patrocinadores podem seguir o mesmo caminho futuramente dependendo de como ficará a economia nas próximas semanas.

Sócio-torcedor ainda gera debate

Clube com maior programa de sócios do país, o Vasco projetava arrecadar R$ 43.975.121,08 dos associados, além de R$ 4.578.993,38 com os sócios estatutários. No entanto, há dois agravantes neste momento. Primeiro, os números já tinham tendência a diminuir ao fim dos seis meses de desconto nos planos dados durante a promoção de "Black Friday" no fim do ano passado. Depois, sem jogos, muitas pessoas podem desistir de pagar o programa.

Esta segunda opção abrange, principalmente, dois fatores. O primeiro, não há uma forma de aproveitar os benefícios do programa, especialmente porque no sócio do Vasco, as principais vantagens estão ligadas ao acesso às partidas. Em segundo lugar, caso a quarentena siga por dois, três ou mais meses, uma parcela significativa da população terá uma redução renda mensal. É natural que, no corte de gastos, o sócio-torcedor seja um dos primeiros a cair.

Isso tudo afetará diretamente na forma como o Vasco buscará recursos para tentar pagar as dívidas e manter os salários pagos. Para o elenco, o clube deve agora os meses de janeiro e fevereiro. Alguns ainda recebem direitos de imagem, que não são pagos desde setembro de 2019. Os funcionários ainda tem em aberto dezembro (para quem recebe acima de R$ 1,8 mil), férias, janeiro e fevereiro. Este último mês venceu no último dia 20, conforme acordo interno no clube. Para a Justiça do Trabalho, porém, já existe a dívida desde o quinto dia útil de março.