Próximo de assinar com Vasco, Fernando Diniz terá o reencontro com um velho conhecido: Tchê Tchê. O técnico e o volante voltarão a trabalhar juntos após quatro anos.
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O amor declarado entre Diniz por Tchê Tchê foi em 2017. Na ocasião, em entrevista à TV Gazeta, o técnico revelou que o jogador falou que "o amava" na entrega do prêmio de melhor volante do Brasileirão.
- Eu vim de última hora para o Troféu Mesa Redonda e foi algo muito legal. Na hora em que eu entreguei o prêmio para o Tchê Tchê, ele virou para mim e falou: "Pô, eu te amo, cara". Nossa, cara, é algo que arrepia.
Em 2016, Fernando Diniz comandou o Audax-SP e levou o time para a final do Campeonato Paulista. Tchê Tchê era um dos destaques da equipe paulista e acabou sendo contratado pelo Palmeiras depois da decisão.
Após a passagem pelo Palmeiras, Tchê Tchê foi para o Dynamo Kyiv, da Ucrânia, e, em seguida, para o São Paulo, onde voltou a trabalhar com Diniz. E foi na equipe paulista que a relação deu uma estremecida. No dia 6 de janeiro de 2021, o técnico ofendeu o volante aos gritos num jogo do Tricolor Paulista.
- Seu ingrato do cara, seu perninha do cara, seu mascaradinho. Vai se f****.
Diniz também admitiu publicamente o erro e contou que pediu desculpas a Tchê Tchê.
- Foi um erro que cometi, pedi desculpas para o Tchê Tchê pela exposição e para o time.
Cinco meses depois, Fernando Diniz e Tchê Tchê estavam em lados opostos. O técnico comandava o Santos e o volante jogava pelo Atlético-MG. Em partida válida pelo Brasileirão, o treinador foi até o jogador para o abraçar após o apito final. A conversa terminou amistosa.
- Minha relação com ele é bonita mesmo, autêntica. E em relações há deslizes. A minha relação é muito mais que aquele deslize. É ela que fica. Hoje foi espontâneo e posso falar isso. Minha relação é imensamente maior do que aquilo que quiseram recortar e vender. Uma parte muito pequena do real - disse Diniz depois do jogo.
Após esse episódio, o São Paulo emendou uma sequência ruim e terminou em quarto lugar no Brasileirão. Fernando Diniz foi demitido antes do Brasileirão acabar. O técnico garantiu que a briga não teve relação com a queda de desempenho do time na competição.
- As pessoas às vezes associam alguma coisa com o incidente do Tchê Tchê, mas não foi isso. Foi uma coisa que no outro dia estava tudo ok. Como time, a gente já tinha resolvido essa questão. Eu acho que essa questão da mudança da direção naquele momento foi uma coisa que pesou, mas não foi só isso. É difícil explicar. O time perdeu confiança e depois não é que foi caindo, estava assim (para cima) e foi assim (para baixo). Eu não consigo explicar.
Pelo lado de Tchê Tchê, o jogador considerou o ocorrido como "desnecessário". O volante revelou que ficou com uma "raiva incontrolável" por ter sido xingado por Diniz. O atleta também contou que esperou o São Paulo se posicionar, o que não aconteceu.
Tchê Tchê se manifestou dois meses após o episódio.
- Primeira e última vez que vou tocar nesse assunto. Eu fui criado de uma maneira de sempre respeitar as pessoas, nunca xinguei ninguém. Tanto que no episódio eu poderia ter virado e xingado, mas não. Simplesmente mantive a minha postura, que é a que eu tenho no dia a dia. (…) Mas isso fez mal não foi só para mim. Você chegar em casa, todo mundo mal, seu pai te ligar chorando. É totalmente na contramão dos princípios que eu fui criado. Não sou mala, não sou perna, não sou arrogante. Ele (Diniz) foi mal naquilo, ele foi mal.
- Não foi um negócio saudável pra mim. Eu fiquei com muita raiva. Uma raiva incontrolável. E daí que eu falo que Deus é muito bom, porque no final das contas eu agi da maneira certa e as coisas continuaram dando certo para mim. Eu não precisava virar para o cara e xingar. Eu não fui criado assim. Do mesmo jeito que eu não sou um 'mala', eu não sou um cara desrespeitoso. O cara (Diniz) me conhecia, tinha uma ligação forte, então acho que foi uma coisa desnecessária.
- Eu falei, 'não vou me posicionar'. Esperei que alguém falasse por mim. Eu não me sentia à vontade. Ninguém me protegeu no clube, ninguém tomou a frente no 'bagulho'. Simplesmente, "ah, aconteceu, é o pai dele", tá ligado? Eu não tenho pai nenhum no futebol. Eu fiz o bagulho acontecer desde o início. Ninguém fez favor para mim.
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Agora, Tchê Tchê voltará a ser comandado por Fernando Diniz pela terceira vez na carreira. O técnico tende a assumir a equipe após a partida contra o Vitória. O Vasco visita o Leão às 18h30 deste sábado (10), no Barradão, em jogo válido pela 8ª rodada do Brasileirão.