Nesta terça-feira (26), a maior conquista internacional da história do Vasco da Gama completa 27 anos. Em 1998, o clube ergueu pela primeira e única vez a taça da Libertadores ao vencer o Barcelona de Guayaquil por 2 a 1, no Equador, após já ter construído vantagem com um 2 a 0 em São Januário. O título, conquistado justamente no ano do centenário, se consolidou como um dos feitos mais marcantes da trajetória vascaína.
Em entrevista exclusiva ao Lance!, o capitão e zagueiro da equipe, Mauro Galvão, relembrou os bastidores da decisão no Estádio Monumental Isidro Romero Carbo. O ex-jogador destacou as dificuldades enfrentadas fora de campo e a postura do elenco para não perder o foco.
- A gente queria o título, não ia adiantar nada ganhar de todos aqueles times e chegar na final para entregar. O Barcelona tinha um time chato, muito forte fisicamente, e ainda criaram uma atmosfera de país inteiro torcendo com o slogan "sí se puede" ("Sim, podemos" em portugûes). Mas sabíamos que não podíamos cair em provocação. O jogo era dentro de campo - afirmou.
Galvão revelou ainda episódios de bastidores que marcaram a finalíssima.
- A torcida jogava coisas no campo, e no vestiário não conseguimos ficar porque tinha um cheiro insuportável de tinta. Tivemos que nos trocar fora. Aquilo só nos deu mais vontade. A gente já tinha vantagem e o nosso objetivo era o título. Para mim, era talvez a última chance de ganhar uma Libertadores - disse o capitão, que levantou a taça em Guayaquil.
Campanha do Vasco na Libertadores de 1998
O Vasco conquistou a Copa Libertadores de 1998 em uma campanha marcada por superação e força coletiva. O time cruz-maltino iniciou o torneio no Grupo 2, ao lado de Grêmio, América-MEX e Chivas Guadalajara-MEX, e sofreu com a instabilidade na primeira fase, avançando como segundo colocado, com três vitórias e três derrotas. Nas oitavas, o time de Antônio Lopes cresceu, eliminando o Cruzeiro com uma vitória em casa e um empate por 0 a 0 em Minas Gerais.
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A caminhada seguiu com grandes desafios. Nas quartas de final, o Vasco eliminou o Grêmio, rival que já havia enfrentado na fase de grupos, e na semifinal viveu um dos capítulos mais marcantes da sua história. Após vencer o River Plate em São Januário com gol de Donizete Pantera, o time foi até o Monumental de Núñez e garantiu a vaga na decisão com um golaço de falta de Juninho Pernambucano, que selou o empate e calou a torcida argentina. Na final, diante do Barcelona de Guayaquil, o Gigante da Colina construiu a vantagem com um 2 a 0 em casa e confirmou a conquista inédita ao vencer por 2 a 1 no Equador. A Libertadores de 1998, no ano do centenário, consolidou-se como um dos maiores feitos da história vascaína.