O ano era 2006 e a realidade bem diferente da atual. Jorginho comandava um elenco sem estrelas e que convivia com um orçamento baixíssimo. A equipe era o América e o objetivo era resgatar os áureos tempos vividos pelo clube em temporadas anteriores. E Jorginho conseguiu. Dez anos depois, lembra daquele Carioca com orgulho. E para isso, retornará nesta quinta-feira ao Giulite Coutinho com o Vasco para encarar seu time do coração, às 19h30, com transmissão em tempo real pelo site do LANCE!
O treinador começou a montar o grupo em outubro de 2005, através de peneiras. A pré-temporada foi realizada no sítio do tetracampeão mundial, com os jogadores dividindo cômodos onde mal cabiam. A campanha valeu a pena. O América foi vice-campeão da Taça Guanabara. Dez anos depois, Jorginho quer ser campeão pela primeira vez como treinador no Brasil, mas não esquece daquele início sofrido.
– Foram experiências maravilhosas, difíceis também. Não tínhamos locais de treinamento. A grama era um mato. Até falei para o presidente que precisávamos resolver essa situação. Mas no início tivemos que colher as gramas, pagar uns funcionários, local de treinamento arrumado por nós. Ao ponto de ter jogadores acima do peso e servíamos muita salada para eles antes, ficando cheio e não comendo depois (risos).
E de lá pra cá, muita coisa mudou. De Mesquita, Jorginho passou ao cargo de auxiliar na Seleção, depois treinou Goiás, teve bom trabalho no Figueirense, Kashima Antlers (Japão), Flamengo, foi vice-campeão da Sul-Americana com a Ponte Preta antes de ir para a Arábia comandar o Al Wasl.
Depois de uma boa estreia na competição, Jorginho terá que vencer o coração por 90 minutos nesta quinta-feira.