*Pelo repórter Vinícius Britto
A situação do Vasco é extremamente preocupante. O empate com o Joinville demonstrou a já conhecida fragilidade dos comandados de Celso Roth. A falta de um repertório ofensivo (pior ataque do campeonato), aliada à insegurança de seus defensores (pior defesa), classificam o Vasco como um forte candidato ao rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Eurico Miranda continuará evitando a propagação da palavra “rebaixado” em São Januário, mas isto não será suficiente para evitar uma possível queda para a segunda divisão. É preciso agir.
A equipe entrou em campo um pouco afobada. Justificável, visto que jogava em casa, com um ótimo público e com a obrigação da vitória. Rodrigo e Jomar quase protagonizaram um gol contra estranho. Mas, a partir dos 15 minutos iniciais, o domínio cruz-maltino apareceu, com boa partida de Dagoberto.
Roth voltou a jogar com duas linhas de quatro, com Jhon Cley aberto pela esquerda e Julio dos Santos, que voltou a ter oportunidade, pela direita. O time ganhou em velocidade e profundidade, com participação constante dos laterais Madson e Christianno. Mas não conseguiu fazer o gol. Herrera, que já havia perdido um gol inacreditável contra o Palmeiras, voltou a desperdiçar uma grande chance após passe de Madson. O atacante vive má fase.
No segundo tempo, o time voltou sem a mesma pegada do final da primeira etapa. O Joinville soube cozinhar a equipe vascaína, que esbarrou em suas próprias limitações.
Com Nenê e Jorge Henrique, o ataque do Vasco tem tudo para melhorar. Mas os números são inaceitáveis: oito gols em todo o campeonato. Só o Ricardo Oliveira, atacante do Santos, já balançou a rede dez vezes. Muito pouco para um gigante.
Roth teve nove dias de preparação para o jogo, e sua equipe decepcionou. O treinador precisa se reinventar e pensar em uma forma de enfrentar o Santos dentro da Vila Belmiro. A cada jogo que o time não consegue ganhar, a corda aperta mais no pescoço cruz-maltino.