Fernando Prass
Um dia depois da violenta reação da torcida do River Plate ao rebaixamento do clube no Campeonato Argentino, o Comitê Organizador da Copa América admitiu que as cenas podem interferir no sucesso da competição, que começará na próxima sexta-feira (dia 1 de julho).
O presidente do comitê, Jose Luis Meiszner, pediu punição exemplar aos vândalos que forem identificados. E afirmou que a segurança será reforçada nos jogos da Argentina.
– Surpreende na Argentina porque alguns não compreendem o que determina a lei. Não acontece no Brasil, no Uruguai e em outros países nos quais o futebol exerce grande paixão em seus torcedores. Por isso, é importante que esses deliquentes não entrem (nos estádios) – afirmou Meiszner, em entrevista ao canal Fox Sports, da Argentina.
Os ataques da torcida do River deixou quase cem feridos. Cerca de 50 torcedores foram detidos.
A preocupação maior é com a imagem que a Argentina exporta para os países sul-americanos. O Monumental de Nuñez, estádio do River e palco das cenas violentas, será o local da final da Copa América, marcada para o dia 24 de julho. Esse foi um dos fatores que deram início aos rumores de que a final poderia sair de Buenos Aires e ir para Córdoba (a 770km da capital).
O problema é que o Monumental só será palco de um jogo: a final. E todos os ingressos para esta partida já foram vendidos.
– Está claro que as torcidas das províncias do interior são mais pacíficas do que as da Capital Federal. Mas a questão será resolvida em breve e posso assegurar que a final da Copa América será no Monumental – disse Meiszner.
De acordo com Gustavo Galante, fiscal do Ministério Público, o estádio está fechado a partir da última segunda-feira por precaução.
– É preciso que não se altere para termos mais precisão do que aconteceu. O estádio pode sofrer sanções, mas isso só acontecerá quando for concluída a investigação e como resultado de um julgamento.