Dia 01/03/2016
04:21
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Quando José Carlos Brunoro foi questionado sobre a saída de Vilson para o Stuttgart, o diretor-executivo do Palmeiras confessou: "estava louco para falar sobre isto". Contratado em fevereiro, em meio à troca que mandou Barcos para o Grêmio, enquanto o zagueiro, Léo Gago, Rondinelly e Leandro fizeram o caminho inverso, o jogador chegou à Academia de Futebol já com uma proposta do futebol europeu - segundo o dirigente.

Ainda assim, o clube preferiu trazê-lo, e já previa a assinatura de um pré-contrato para renovar o vínculo (que acaba no fim do ano) no dia 1º de setembro. O time alemão, porém, pagou os R$ 700 mil estipulados neste acordo entre o camisa 15 - que rescindiu com o Grêmio antes de chegar - e o Verdão, e o atleta foi rapidamente liberado, gerando dúvidas sobre o motivo por ter liberado um dos titulares por um valor baixo.

- Na negociação com o Grêmio ele estava praticamente livre, fez um contrato até o fim do ano, mas a condição dele vir era que estava quase certa uma proposta para o Vilson jogar na Europa. Mas achamos importante naquele momento ter o jogador e nesta condição acertamos um valor para ressarcir o que o clube gastou com ele, pois não acharíamos justos não sermos recompensados - explicou o dirigente.

- E se ele não conseguisse ir para a Europa, assinaria um pré-contrato a partir de 1º de setembro. Não vendemos por aquela cifra (R$ 700 mil), mas sim por um acordo com o jogador, que já estava com a situação para a Europa um pouco encaminha - completou.

Apesar de desde o início saber que o jogador tinha interesse em jogar fora do País e que ele esteve próximo de conseguir a transferência um pouco antes de chegar na Academia de Futebol, Brunoro diz que o Palmeiras foi pego de surpresa com a proposta do Stuttgart (ALE). De acordo com ele, o clube foi avisado deste interesse na quarta-feira, horas antes de o time ser derrotado pelo Atlético-PR por 3 a 0, na Copa do Brasil. Mesmo assim, o defensor quis jogar, porém teve fraca atuação, como o restante do time em Curitiba (PR).

- Fomos pegos de surpresa porque fomos avisados em cima da hora do jogo quase. Na manhã soubemos que viria a proposta. E aí acarretou o "joga ou não joga?", que é normal neste tipo de situação. Ele quis jogar, era uma partida decisiva, e correu o risco de se machucar. O técnico seniu firmeza, era importante, estava entrosado e foi importante a atitude dele - completou.

Quando Vilson desembarcou, porém, o jogador avisou que soube do interesse do clube alemão apenas depois do jogo e que conversaria ainda com seu empresário para tentar o acerto - que não demorou nem cinco horas. Mesmo com a perda de um dos titulares, o diretor avisou que não pensa em trazer um novo zagueiro - embora esteja atento ao mercado. Depois de diminuir o elenco, Brunoro agora também não prevê novas saídas, ainda que saiba que a cúpula pode ser surpreendida mais uma vez com uma proposta, como no caso de Vilson.

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