O mistério sobre o sucessor de Joseph Blatter na cadeira presidencial da Fifa continuará a pairar durante alguns meses. Por ter convocado novas eleições na entidade durante seu discurso de renúncia ao cargo máximo do futebol na terça-feira, o ex-dirigente suíço iniciou um processo eleitoral extenso, que deve ocorrer entre dezembro deste ano e março de 2016.
Para uma pessoa tentar se candidatar à presidência da Fifa, deverá preencher três requisitos. Inicialmente, já ter sido membro de alguma associação de futebol vinculada à entidade. O candidato pode ter atuado como membro do conselho, membro do comitê, árbitro e árbitro assistente, treinador, instrutor e qualquer outra pessoa responsável pela técnica, médica ou assuntos administrativos na Fifa.
Também são permitidas pessoas ligadas a uma confederação, associação, liga ou clube. Jogadores e técnicos durante pelo menos dois dos últimos cinco anos também podem se candidatar. Em seguida, cada candidatura deve receber o apoio de alguma associação nacional de futebol. Após isto, deve ocorrer um apoio por assinatura de cinco associações nacionais. Este primeiro passo dá aval ao surgimento de vários candidatos.
Cada candidatura passa a ter sua elegibilidade submetida aos olhos da entidade. Após a definição final sobre os candidatos, os escolhidos para seguir na disputa divulgarão suas respectivas plataformas eleitorais.
Após este período de divulgação das plataformas, as 209 federações associadas à Fifa se reúnem e definem seus votos. Caso um candidato obtenha mais de dois terços da votação, o novo mandatário é definido. Se o primeiro colocado não conseguir esta maioria, haverá um segundo turno envolvendo os dois primeiros candidatos, no qual o vencedor será quem ultrapassar os 50% dos votos válidos. De acordo com Joseph Blatter, enquanto o novo mandatário não for definido, ele seguirá no cargo.