O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, já teve as primeiras reuniões para tentar convencer os deputados federais a não assinarem o documento que pede a instauração de uma CPI para investigar a entidade que rege o futebol brasileiro. A estratégia usada por Ricardo Teixeira é convencer os líderes de cada partido. Assim, na cabeça do cartola, os próprios parlamentares convenceriam as bancadas a não assinarem o documento. A comissão foi proposta pelo deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) e ele precisa de 171 assinaturas para alcançar este objetivo.
Mas, tomando como parâmetro o primeiro encontro, Teixeira não vem tendo sucesso na campanha pela Câmara. A primeira reuinão foi com o líder do PR na Casa, Lincoln Portela (PR-MG). Ainda estão na agenda desta quarta-feira conversas com os líderes do PT, Paulo Teixeira, e do PSDB, Duarte Nogueira. Só que a reunião inicial não teve o efeito que o presidente da CBF esperava, já que o deputado preferiu não determinar uma posição oficial do partido.
- Ricardo Teixeira foi lá para me apresentar a defesa dele. Ele deu 10 justificativas para tentar me convencer a não assinar o pedido de CPI. Mas assim como Garotinho tem o livre direito de pedir a CPI, vou dar liberdade para que os outros deputados do partido decidam assinar ou não - contou Portela.
Apesar de ser companheiro de Garotinho no PR, o deputado José Rocha é um dos que usará a liberdade para apoiar Ricardo Teixeira, mas não apresentou um argumento para a decisão.
- Aos depuitados é assegurado o direito de assinar ou não. Eu preferi não assinar. Não tenho uma justificativa - contou o parlamentar.
As denúncias que a CPI quer investigar:
1- Denúncias de irregularidades na composição do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo 2014
2- O critério da divisão de lucros do Comitê Organizador Local da Copa 2014
3- Os acordos firmados pela CBF com seus patrocinadores e as emissoras de TV
4- O volume de recursos envolvidos em concessões de transmissão feitas pela CBF e o destino dos recursos e os responsáveis pelas supostas irregularidades
5- Pagamento de salários a diretores da CBF
6- Lavagem de dinheiro e financiamento de campanhas eleitorais
7- Uso do dinheiro da CBF para o pagamento de advogados em causas pessoais de Ricardo Teixeira
8- Uso da CBF para a obtenção de lucro com a venda de jogadores
9- Empréstimos em instituições financeiras internacionais, com juros prejudiciais à CBF
Dia 28/10/2015 04:35