Dia 01/03/2016
01:12
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A equipe de policias federais e de policiais rodoviários federais redobrou a atenção nesta terça ao esquema de segurança do presidente da Fifa, Joseph Blatter, por temerem manifestações no hotel onde funciona o QG da Fifa durante a Copa das Confederações, no Rio de Janeiro. Pedestres que passavam em frente ao Sofitel, na Zona Sul da cidade, eram acompanhados atentamente pela segurança do dirigente. Quando Blatter deixou o local, os batedores já estavam em formação para fazer a escolta.

O procedimento é comum, mas a tensão para que ninguém chegasse perto do dirigente era grande entre os responsáveis pela segurança. Um deles, que preferiu não ser identificado, contou à reportagem que eles estavam sob pressão "de 30 martelos" desde que os protestos nas cidades-sede ganharam mais adesão da população.

Cerca de vinte homens da Polícia Federal fazem a segurança 24 horas do hotel. Blatter não está hospedado no Sofitel. O dirigente está hospedado em um apartamento do Leblon, também na Zona Sul do Rio, que pertence ao ex-jogador Ronaldo. A PF recebe o horário em que ele deixa o prédio de manhã para fazer a escolta.

Ontem, Blatter se encontrou com o ex-presidente de honra da Fifa João Havelange para um almoço e, como de praxe, foi escoltado. Cerca de duas semanas atrás foi o secretário-geral Jérôme Valcke quem se encontrou com Havelange em um jantar no mesmo restaurante. Todos os encontros foram sigilosos e marcados em horários com poucos frequentadores.

Depois das declarações polêmicas de Blatter na segunda, quando disse que se o Brasil ganhasse a Copa o motivo dos protestos seria esquecido pela população, o tom do discurso mudou e ficou mais conciliatório. Em entrevista à Rede Globo nesta terça, Blatter disse que outras construções ficarão como legado.

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