Dia 28/10/2015
03:22
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No GP da França de 1992, circuito de Magny Cours, Michael Schumacher, então um piloto novato, bateu no carro do tricampeão mundial Ayrton Senna durante uma curva, tirando os dois da corrida. Depois do acidente, o piloto brasileiro teve uma conversa reservada com o alemão, que, vinte anos e sete títulos mundiais depois, reafirmou sua culpa pelo acidente, e voltou a dizer o que Senna lhe falou após a colisão.

- A culpa pelo que aconteceu ali foi minha. Como já tínhamos tido algumas discussões no início daquele ano, e eu havia reclamado não só para ele, mas também para a mídia, o principal motivo de ele ter vindo falar comigo foi para pedir que, se tivéssemos algum problema no futuro, deveríamos conversar pessoalmente, e não reclamar para a imprensa. E ele estava certo: nem tudo pertence à mídia - explicou Schumacher.

O caso foi lembrado pelo alemão durante a campanha "Senna tri. Uma conquista inspira a outra", realizada pelo Instituto Ayrton Senna. Schumacher respondeu a perguntas de internautas, enviadas por meio de redes sociais, sobre como foi o convívio com Senna durante seus anos juntos na Fórmula 1.Além do alemão, o piloto Lewis Hamilton também participou do projeto, que celebra o tricampeonato do piloto brasileiro e destaca a atuação do Instituto Ayrton Senna no país.

Em resposta a outro internauta, o alemão ressaltou que observar o estilo de pilotagem de Senna o ajudou muito no início da carreira.

- Certamente, uma das coisas mais importantes é observar os pilotos, principalmente os melhores, e o Ayrton, sem dúvida, era um deles. Observar seu estilo de pilotar era muito especial, mesmo antes de eu chegar à Fórmula 1, nos velhos tempos. Porque a forma como ele usava o acelerador era muito especial, e eu aprendi muito sobre a maneira de se adaptar a qualquer circunstância, a qualquer momento. Ayrton era mestre nisso e, sem dúvida alguma, observar isso me ajudou muito - concluiu.

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