Criscito (Foto: Divulgação)
O procurador Roberto di Martino, de Cremona, que está à frente do processo sobre manipulação de resultados no futebol italiano, concedeu uma coletiva de imprensa onde comentou detalhes sobre a investigação.
- Nova partidas da Série A foram contaminadas por um grupo húngaro. As partidas em questão são da temporada 2010/11 - anunciou o procurador.
Segundo Di Martino, será impossível avançar as investigações para muito além do desejável pois os nvestigadores esbarram na falta de pessoal e na lei do silêncio imposta aos envolvidos no escândalo.
- Será impossível que conduzamos esta investigação sem restrições. Gostaria de avançar um pouco mais com este caso, mas há poucas pessoas capacitadas para tanto. Além disso, salvo algum arrependido o que ainda prevalecerá é a lei do silêncio - reconheceu o procurador.
O procurador reconheceu que o meia Mari, da Lazio, recebeu 600 mil euros (R$ 1,5 milhão) antes da partida entre Lecce e Lazio, vencida pelo clube romano por 4 a 2 no dia 22 de maio de 2011. O resultado final beneficiou os apostadores, segundo Roberto Di Martino com um ganho de dois milhões de euros (R$ 5 milhões).
Outro jogo suspeito envolvendo a Lazio foi diante do Genoa, no dia 14 de maio de 2011. Antes da partida, também vencida pelos laziale por 4 a 2, o atacante Sculli e o lateral-esquerdo Criscito foram vistos em um encontro com pessoas ligadas à máfia albanesa e com dois integrantes da torcida organizada do Genoa, identificados como Fabrizio Fileni e Massimo Leopizzi.
- A reunião foi realizada em um restaurante de Gênova, durante um período em que o estabelecimento estava fechado ao público em geral. Alguns dos identificados nas fotos são criminosos albaneses, que estão presos por envolvimento em tráfico de drogras - afirmou Di Martino.
