Dia 01/03/2016
03:58
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Após o vazamento de gravações sobre um suposto esquema no qual o árbitro paraguaio Carlos Amarilla teria beneficiado o Boca Juniors em prejuízo do Corinthians na Libertadores de 2013, as primeiras consequências concretas começam a ser desenhadas. Em entrevista concedida nesta terça-feira ao programa de rádio América & Gloss, da AM 1190, Luis Segura, presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA), sugeriu uma mudança na dinâmica dos sorteios de árbitros em partidas organizadas pela Conmebol.

Luis Segura é "chefe" de um dos pivôs do suposto esquema pró-Boca Juniors na Libertadores de 2013. Nos áudios vazados, o já falecido Julio Grondona conversa com Abel Gnecco, diretor da Escola de Árbitros da AFA. Gnecco teria escolhido Amarilla para apitar o duelo entre brasileiros e argentinos e prejudicar o Corinthians. Conforme declarações de Segura, o diretor de arbitragem pode ser afastado do cargo em breve.

– Eu viajo esta quinta-feira ao Chile. Vou conversar com o senhor Gnecco para analisar o que ocorreu e ver o que ele me diz. Se considerarmos que ele deve ser substituído, será substituído – declarou Segura.

– Tudo pode ser corrigido ou melhorado em situações normais. Nas anormais, como estas, mais ainda. Temos uma equipe de árbitros de primeira linha, uma das melhoras da América do Sul. Se o sistema para escolhermos árbitros pode melhorar, será melhorado – completou.

Em meio à entrevista, o presidente da AFA relativizou boa parte das gravações vazadas. Segundo o dirigente, não há, nos áudios, muitas provas a respeito dos casos de corrupção no futebol argentino.

– Algumas das escutas não têm substância. Às vezes o contexto pode ser de qualquer coisa (...) Nós vamos atrás dos acontecimentos, veremos o que tem de ser corrigido. Há muito ruído sobre a Fifa, mas nós não temos nada a ver. Há ruído sobre a Conmebol, entidade da qual fazemos parte mas não controlamos – declarou.

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