Segundo a investigação do FBI e a acusação da promotoria do Distrito Leste de Nova York à Fifa, parte dos 110 milhões de dólares em subornos pactados com o conglomerado Datisa pelo contrato dos direitos comerciais da Copa América de 2015, 2019 e 2023, e da Copa América Centenário de 2016, firmado em 25 de maio de 2013, estava destinado a cada um dos presidentes de todas as associações membro da Conmebol. Entre os dirigentes envolvidos esté Juan Angel Napout, atual presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol e na ocasião pressidente da Associação Paraguaia de Futebol (APF).
Isso ocorreu após a disputa comercial e legal entre Traffic, Full Play e Torneos y Competencias, que derivou um acordo para divisão dos direitos através de uma nova sociedade chamada Datisa, com a qual a Conmebol firmou um contrato multimilionário que se ampliou posteriormente a 352 milhões de dólares (R$ 1,097 bilhão) com a adesão da Concacaf para a organização da Copa América Centenário em 2016.
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Nicolás Leoz havia renunciado em abril de 2013 à presidência da Conmebol e foi substituído por Eugenio Figueredo. De acordo com a acusação, Figueredo, o ex-presidente da AFA (Associação do Futebol Argentino), Julio Grondona, e o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ganhariam cinco parcelas de três milhões de dólares (R$ 9,35 milhões), e os presidentes das outras sete federações sul-americanas, entre eles Napout, cinco parcelas de 1,5 milhão de dólares (R$ 4,67 milhões).
Juan Ángel Napout sequer viajou ao Chile para a Copa América. A presença do dirigente na final do torneio, sábado, entre Chile e Argentina não foi confirmada. Isso, inclusive, gera uma dúvida sobre quem irá entregar o troféu da Copa América à seleção campeã.