Uma das chaves da Argentina para a sequência da Copa América pode ser um jogador que ainda não tem a mesma badalação de outros nomes ofensivos. Mas sim, Pastore, mais jovem do quarteto de frente. Com a confiança do técnico Gerardo Martino, ganhou o apelido de "sócio de Messi", já que cresceu muito no jogo contra o Uruguai atuando ao lado do capitão. E aos poucos o rótulo de "eterna promessa" vai sendo deixada de lado.
Revelado pelo Talleres, foi para o Huracán ainda muito novo, destacou-se e foi contratado pelo Palermo. Foi bem em duas temporadas e atraiu a atenção do Paris Saint-Germain, que pagou quase 40 milhões de euros (R$ 138 milhões) pelo jogador em 2011. Mas demorou - e muito - para convencer. Tanto que quando Lucas foi comprado, no início de 2013, junto ao São Paulo, existia a sensação de que era para "corrigir o erro".
Entrava em campo bastante pelo PSG, mas sempre irregular. Nem sequer foi convocado para a Copa do Mundo de 2014. Até que explodiu na última temporada pelo clube francês. Virou titular absoluto e foi importante na tríplice coroa nacional.
Com o crescimento, ganhou mais chances na seleção. Na partida de estreia já tinha ido bem contra o Paraguai, mas caiu com o time todo. Foi mantido como titular por Gerardo Martino e encaixou-se perfeitamente na criação das jogadas ao lado de Messi. Acabou sendo fundamental no lance do gol de Agüero.
— Foi uma partida importante. Todos nós aprovamos a ideia de jogo de Tata — disse Pastore.
No jogo contra o Paraguai, Pastore formou uma linha de três jogadores atrás de Agüero. Ele caindo mais pela esquerda, Messi centralizado e Di María no outro lado. Sempre com movimentação e até algumas mudanças de setores.
Para o Clássico do Rio da Prata, contra o Uruguai, Tata manteve os nomes, mas mudou o esquema. Avançou Di María para ficar mais perto de Agüero, e colocou Messi ao lado de Pastore. Acabou funcionando, e daí o apelido de sócio.
Neste sábado é a vez da confirmação da sociedade no jogo contra a Jamaica, que pode garantir a classificação para as quartas de final.
COM A PALAVRA
Pablo Peralta
Repórter do 'Crónica’ (ARG)
Pastore converteu-se em uma peça chave para a seleção argentina. Vem de uma grande temporada no PSG, aonde foi campeão nacional. E assim, o jogador de Córdoba se transformou em um dos sócios ideias para Messi. De uma habilidade extraordinária, o jovem jogador surgiu no Huracán com destaque, e tem uma qualidade ilimitada. Com o passar dos jogos, ganhou a confiança de Gerardo Martino, que o premiou com a titularidade na Copa América.
Apesar de que contra o Paraguai, na estreia pela competição, Pastore foi importante para desequilibrar na parte ofensiva, embora o resultado não tenha acompanhado. Mas ratificou a sua condição contra o Uruguai, entendendo-se bem com Messi, Di María e Agüero, sendo até fundamental para o gol da vitória.