Dia 28/10/2015
05:09
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Desde dezembro de 2011 no Botafogo, o técnico Oswaldo de Oliveira precisou encarar o adeus de dois xodós da torcida, Loco Abreu e Jobson, e revelou ao LANCENET! como contornou os episódios. Em entrevista exclusiva, o treinador reconheceu o peso da dupla, mas disse que as saídas aconteceram por ambos terem construído situações insustentáveis para eles.

Em julho, El Loco foi emprestado até dezembro de 2013 ao Figueirense. Na época, o atleta falou que estava inadaptado ao sistema tático com um atacante. Nesta terça, ao receber a reportagem do LNET!, no Engenhão, Oswaldo de Oliveira deu um depoimento contundente – e esclarecedor ao torcedor – sobre o caso.

– Essa questão, a gente sabia que ia ser um encargo. Era um ídolo, mas que não estava produzindo em momentos cruciais. Eu ali precisaria substituir. Ele se sentiu incomodado. Ninguém pode ser considerado titular para sempre ou escolher jogos para atuar. Só não poderia garantir que ele jogaria todos os jogos.

Ele tinha o ponto de vista e a prioridade dele, mas tenho de ver o que o Botafogo precisa. O profissional tem de ver sempre com o prisma de beneficiar o grupo – afirmou Oswaldo.

Em jogos mais delicados no Engenhão, diversos torcedores pediram em coro por Loco Abreu na busca por gols, mas o técnico Oswaldo de Oliveira se defendeu das cobranças.

– Em nenhum momento eu queria que ele (Abreu) tivesse saído. Poderia ter ficado conosco, desde que pensasse em beneficiar no momento que a gente precisou. Além disso, o Botafogo não deixou em nenhum momento de ser um dos ataques mais positivos. Nosso time está sempre fazendo gol. Às vezes, Elkeson faz, às vezes Seedorf, Andrezinho. O importante é que estamos fazendo gols – comentou Oswaldo.

 De Loco a Jobson, Oswaldo abre o jogo sobre polêmicas do Bota
 

Com relação a Jobson, que pediu para voltar ao clube em entrevista ao LNET!, há duas semanas, Oswaldo fez críticas ao comportamento do atacante, afastado em maio depois de briga com o fisiologista Altamiro Bottino:

– Ele tem bola, mas não treinou, não se cuidou, não teve vida de atleta. Quem tem de querer o Jobson não é o clube, mas ele mesmo. Hoje, a gente não pode admitir um profissional que não tenha vida de atleta. Se não treinar e não fizer as coisas direito, não adianta. É até algo científico. Vai chegar aqui e não vai conseguir enganar ninguém. Eu lamento muito. É ele que não se quer, embora, inconscientemente, não tenha notado isso.


Como El Loco saiu

Sistema da discórdia
Com um atacante, Loco Abreu não obteve tanto destaque quanto vinha conseguindo desde 2010. Por não ter tanta mobilidade na frente, perdeu a vaga de titular para Herrera.

Fim da linha
Oswaldo de Oliveira disse a Loco que não mudaria o sistema tático e, com a condição de reserva, o atleta preferiu  partir rumo ao Figueirense, em julho.

Como Jobson saiu

Boa impressão inicial
Jobson foi integrado ao elenco no começo do ano, após ficar na linha durante um mês sob a conduta do Botafogo. O jogador chegou a morar na sede do clube e recebeu a ajuda de um psicanalista para o acompanhar.

Adeus pelos fundos
Jobson brigou com o fisiologista Altamiro Bottino ao se recusar a fazer um exercício e faltou a treinamentos.

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