Dia 01/03/2016
01:08
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Assim que o novo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) for eleito entre os seis candidatos, na terça~feira, uma nova era na entidade terá tido início. Após tornar-se uma potência financeira e estabelecer-se administrativamente é consenso de que chegou o momento de modernizar o principal atrativo dos Jogos: o programa de esportes, com a entrrada e saída de alguns eventos.

- Acredito que deveríamos tirar eventos e disciplinas de esportes que tenham muitos e dar a outros que tenham poucos. Mas isso demanda tempo por exigir uma série de conversas, o processo é demorado e será tarefa para o novo presidente, se ele quiser - disse o presidente do COI, Jacques Rogge, durante a 125ª Sessão da entidade, em Buenos Aires.

E nessa corrida para a cadeira que há 12 anos é ocupada pelo belga Rogge, o favorito para ganhá-la é o alemão Thomas Bach. Membro do Comitê Executivo a partir de 1996, desde 2000 ele ocupa uma das quatros vice-presidências e participa das principais comissões existentes na estrutura administrativa. A influência de Bach é conhecida nos bastidores do COI. E o fato de ser europeu pesa a seu favor.

O principal oponente de Bach é Ser Miang NG, de Singapura, que também é vice-presidente do COI. Mas se dependesse das pesquisas realizadas fora do colégio eleitoral, o novo presidente do COI seria Sergey Bubka, o multicampeão do salto com vara. A popularidade do ucraniano, conhecido por suas marcas, como a quebra por 35 vezes do recorde mundial, lhe garantiu o primeiro lugar em todas as aferições públicas.

Os demais candidatos são: Ching-Kuo Wu, de Taipei, Denis Oswald, da Suíça, e Richard Carrión, de Porto Rico.

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A eleição

Disputa
Seis candidatos concorrem a um mandato de oito anos.

A votação
O candidato que conseguir a metade dos votos mais um será o eleito. A votação continuará por quantas rodadas for necessárias para um candidato obter o quórum necessário. E o candidato que for tendo o menor número de votos em cada rodada será eliminado.

Impedimento
Membros do COI dos mesmos países dos candidatos presidenciais não poderão participar enquanto o seu compatriota estiver na disputa

Empate
Caso ocorra algum empate entre os candidatos, nova rodada é realizada.

O vencedor
O anúncio do novo presidente será feito às 12h30 (horário de Brasília).

Reeleição
O COI permite uma reeleição para mais quatro anos.

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Brasil volta a ter um membro na assembleia


O medalhista de prata com a equipe de vôlei nos Jogos de Los Angeles-1984, Bernard Rajzman, vai ser eleito na terça-feira membro do Comitê Olímpico Internacional (COI). Além de Bernard, outros oito postulantes buscam um lugar.

Com a saída do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, por ter estourado o limite de idade no ano passado, o Brasil ficou sem representantes com direito a voto. E Bernard, que vinha sendo preparado, conseguiu a indicação para a vaga neste ano.

A favor de Bernard, além do vitorioso currículo como atleta, sua atuação política. Ele já foi secretário Nacional de Esportes (abril/91 a outubro/92), no governo de Fernando Collor de Mello, além de deputado estadual e subsecretário estadual dos Jogos Pan e Parapan-Americanos Rio 2007.

A exemplo da eleição presidentecial, para ser eleito, o candidato ter receber a metade mais um dos votos válidos. Cada um será avaliado separadamente.


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