Dia 27/10/2015
22:21
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O futuro de Montillo em 2013 tem como pano de fundo o atual cenário político do Cruzeiro. E assim como no ano passado, o presidente Gilvan de Pinho Tavares torna-se novamente o protagonista da novela, mas desta vez como um ator praticamente isolado.

A renúncia do vice-geral José Maria Fialho do futebol, na semana passada, teve como estopim o recuo de Gilvan em relação à negociação do argentino. Desde metade de novembro, as tratativas com o São Paulo estavam avançadas. Posteriormente, o Santos entrou na disputa por meio do Banco BMG.


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Na visita de Rui Costa, diretor executivo do Grêmio, há sete dias, ele foi informado pelo próprio mandatário celeste que “um tricolor” já tinha encaminhado a contratação do camisa 10, insinuando ao dirigente gremista que o Fluminense poderia também estar no páreo.

Diante da pressão feita pela torcida cruzeirense, Gilvan, por sua vez, travou o negócio, contrariando os partidários do ex-presidente Zezé Perrella, entre os quais estão José Maria Fialho, Valdir Barbosa, gerente de futebol, e Benecy Queiroz, supervisor de futebol.

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Nesse contexto, Alexandre Mattos, diretor de futebol e responsável pelas conversas com o Tricolor paulista, optou por aliar-se ao atual presidente. Gilvan, inclusive, tripudiou de Perrella e bancou Mattos, em fevereiro, para o lugar de Dimas Fonseca, que foi o dirigente responsável pelo futebol nos dois últimos anos do mandato de Zezé.

Gilvan e Mattos, agora, assumiram totalmente o controle do futebol, mas estão esvaziados e sem o mínimo respaldo do antigo cartola. A negativa e o recado para o Santos sobre o assédio por Montillo mostram que dissuadir o presidente da decisão será uma missão ingrata.

A reação intempestiva do presidente do Cruzeiro diante das atuais investidas de clubes brasileiros reflete o vazamento das negociações e a pressão interna para que Montillo fosse negociado.

No ano passado, Gilvan, apoiado por Zezé Perrella na eleição de 2011, ameaçou retirar a candidatura caso o presidente da época vendesse o camisa 10 celeste.

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