Dia 27/10/2015
22:08
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O momento é de apreensão pelos lados do Beira-Rio. Os desfalques de D’Alessandro e Guiñazu, somados à ausência de Oscar devido à briga judicial com o São Paulo enfraquecem o meio-campo colorado. A impossibilidade de não contar com a escalação ideal para o setor preocupa Dorival Júnior.

O técnico brincou ao ser perguntado pela reportagem o coloquial “Tudo bem, Dorival?” que precede as perguntas na coletiva. Retrucou, rindo: “Como pode estar tudo bem, tenho seis no DM!!”. Esse é o motivo que faz o treinador quebrar a cabeça nos últimos dias. D’Ale e Guiña ainda fazem fisioterapia. Dátolo sente desconforto na coxa direita. O mesmo acontece com Kleber e Índio, embora esses últimos continuem treinando.

Mas mais do que as ausências, Dorival se preocupa com as voltas. Porque em sua tese, os jogadores demoram praticamente o dobro do tempo que ficaram de fora do time para retomar as boas atuações. O meio-campo ideal colorado entrou em campo apenas contra o Santa Cruz, dia 10 de março, pelo Gauchão. O mais perto disso foi contra o Once Caldas, dia 1º de fevereiro, pela Libertadores. Na ocasião, no entanto, Dagoberto não atuou e Bolatti entrou na equipe.

- Não é que me preocupa, é natural se perder alguém desse porte, desequilibra qualquer equipe. Além do mais, tem o Oscar em sua condição. Minha maior preocupação é que acho que conseguimos escalar o nosso meio-campo ideal só uma vez, aqui em casa. Isso me preocupa, porque o Tinga ficou quase 40 dias parado, Guiñazu também, D’Alessandro está chegando nisso, e agora essa do Oscar. É uma preocupação sim, futebol é sequencia. Perder elementos ao longo da jornada faz parte. O que não é natural é essa perda do meio-campo titular, por um tempo longo, faz com que a própria recuperação demore – disse.

O treinador admite que as mudanças no setor, no entanto, alimentam uma aura de incertezas que iniciou com a derrota para o Santos, na Vila Belmiro, na Libertadores. O desempenho foi tão abaixo que se questiona se o Inter pode vencer o time de Neymar e companhia.

- Sempre vou tentar ser otimista, mas é natural que exista uma realidade, e em cima disso precisa-se ser coerente. Não vou forçar ninguém a entrar em campo sem as condições. Logicamente gostaria de estar com o grupo todo em mãos. O Inter com todo mundo em condições, é uma equipe muito forte. Agora, é natural, que por obrigação mexer no meio-campo, em várias posições, existe uma desconfiança. Mas vamos trabalhar e enfrentar as situações. Superação existe e ela pode acontecer a qualquer instante. Acredito em trabalho e força de vontade em momentos como esse – esclareceu o treinador.

O Inter treina na manhã deste sábado, antes do duelo com o Canoas, às 16h, no Beira-Rio. Depois, de fato, a atenção será voltada para o jogo com o Peixe, às 22h, pela Libertadores, também em casa.

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