Na noite desta quarta-feira, o Internacional entrará no campo do Estádio Beira-Rio, às 22h, para mais uma das grandes partidas da sua história. Diante do Tigres do México, o Colorado começa a decidir uma das vagas para as finais da Copa Libertadores. E dentre os milhares de torcedores que estarão na torcida para o time de Diego Aguirre, estará Fabian Guedes, o Bolívar.
Aos 34 anos, e jogando na Portuguesa, que disputa a Série C do Campeonato Brasileiro, o General, apelido que ganhou nos sete anos em que defendeu o Inter, pelo qual é bicampeão da Libertadores - 2006 e 2010 - está confiante nas possibilidades do Colorado diante dos mexicanos. Mesmo que o time venha de uma campanha irregular no Brasileiro, o zagueiro afirma que agora será tudo diferente, pois, certamente, o pensamento de todos, estava na competição sul-americana.
O Aguirre vem fazendo um revezamento de jogadores na escalação do time, até porque, o Inter contratou muitos jogadores, investiu, justamente porque sabia que teria a Libertadores. Às vezes, a equipe começa a passar por um mau momento e começam as críticas. Porém, o foco dos jogadores, tenho certeza, está na Libertadores. Os jogadores estão a quatro jogos de serem campeões da América, e este mau rendimento que vinha ocorrendo não terá influência. Todos ali sabem da importância deste campeonato, e os torcedores, empolgados, farão a parte deles, que será empurrar o time para uma vitória - afirmou Bolívar, ressaltando que é imprescindível que o Inter não sofra gols em Porto Alegre.
Durante a para na disputada da Libertadores, muito se discutiu sobre o revezamento que Diego Aguirre tem feito na escalação do time. O tema divide opinião. Porém, Bolívar, que capitão da equipe na conquista do título da Libertadores de 2010, afirma ter certeza de que o método de trabalho do uruguaio está correto. O zagueiro, que jogou no Mônaco, da França, lembrou que na Europa este procedimento é comum, mas ainda encontra resistência no Brasil.
- O rodízio na escalação, quando dá resultado, é apoiado por todos. Para mim, é uma coisa muito importante. Mas no Brasil, nossa cultura não favorece. Joguei na Europa e lá isso acontece constantemente. Os jogadores aceitam, mas aqui, não. O Aguirrre deu ritmo de jogo a todos os jogadores, o que é fundamental - afirmou o zagueiro.
Bolívar em ação pelo Internacional, clube pelo qual conquistou muitos títulos em sete anos (Foto: Alexandre Lops)
Depois que deixou o Inter no início de 2013, Bolívar foi jogar no Botafogo. Feliz na na Portuguesa, depois de jogar o Campeonato Gaúcho deste ano pelo Novo Hamburgo, o zagueiro afirma que ainda não pensa em parar de jogar. Para o jogo do Inter, o defensor recomenta aos jogadores colorados atenção com Rafael Sobis, companheiro dele nos tempos de Beira-Rio.
- Sobis e eu perdemos contato desde que foi para o México. Creio que ele estará com o coração dividido, pois é um ídolo do Inter. Foi um jogador fundamental para as duas conquistas das duas Libertadores. Nos momentos decisivos ele cresce ainda mais. Está vivendo um momento especial, chuta muito bem e dará trabalho à defesa. Na volta, lá no México, a torcida deles irá pressionar também, por isso é essencial um bom resultado em Porto Alegre - destacou o zagueiro.