Dia 29/02/2016
23:30
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Demitido na manhã deste sábado, após uma reunião chamada pelo presidente Fábio Koff, Vanderlei Luxemburgo sai do Grêmio sem conseguir terminar o jejum de títulos do clube gaúcho e também seu próprio jejum de conquistas de expressão. Com 91 jogos no comando do time gaúcho, deixa o clube com um aproveitamento de 64,84%, mas sem ter agradado a torcida e dirigentes em 2013.

Luxemburgo sempre foi sinônimo de conquistas expressivas. É pentacampeão brasileiro, com títulos em 93 e 94 com o Palmeiras, em 1998 com o Corinthians, em 2003 com o Cruzeiro e 2004 com o Santos. Desde o título brasileiro do Peixe, porém, Luxa só vence campeonatos estaduais. Seu último título foi em 2011, ao ganhar o Campeonato Carioca de forma antecipada com o Flamengo. Em 2008, também tirou o Palmeiras da fila e o levou ao título paulista. A realidade no Grêmio, entretanto, foi diferente.

Na Libertadores, Luxa e Grêmio caíram nas oitavas de final, para o Independiente Santa Fe. No Gauchão, foi eliminado no primeiro turno nas quartas de final e na semifinal do segundo. Em 2012, o treinador comandou o Grêmio em Brasileirão, Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e Gauchão. Chegou na final do turno estadual, mas acabou perdendo para o Inter. Na Copa do Brasil, caiu nas semis para o Palmeiras. Na Sul-Americana, o Tricolor sucumbiu ao Millonarios no El Campín, mesmo palco no insucesso da Libertadores de 2013. No Brasileirão, Luxa comandou o Grêmio na briga pelo título, mas na última rodada, não conseguiu vencer o Inter com 9 em campo e perdeu a vaga direta para a Libertadores.

Na área técnica, Luxa esteve 91 vezes representante o Grêmo. Foram 52 vitórias, 21 empates e 18 derrotas. O que o deixa com aproveitamento de 64,84%. Desde fevereiro do ano passado no clube gaúcho, Luxa esteve durante 495 dias no Tricolor sem conquistar nenhum título. Os números absolutos do Grêmio após a contratação de Luxemburgo são de 54 vitórias, 21 empates e 23 derrotas em 98 jogos - em sete partidas, o treinador ficou afastado por algum motivo, como a suspensão na eliminação para o Santa Fe. Tais resultados dão um aproveitamento de 62,24% no comando. Qualquer dos considerados são superiores aos 54% de Caio Júnior, seu antecessor, ou ao percentual de Celso Roth, em 2012, com 45%.

Fábio Koff explica os motivos da demissão de Luxemburgo

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