A troca de farpas entre os personagens políticos do São Paulo acerca das próximas eleições do clube, em abril do ano que vem, continua a todo vapor. Neste domingo, antes da partida contra o Fluminense, no Morumbi, o vice-presidente do Tricolor paulista, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, disparou contra Marco Aurélio Cunha, que desistiu de ser candidato esta semana para apoiar Kalil Abdalla, ex-diretor jurídico da atual gestão.
Questionado se o recuo do vereador tinha sido uma tacada de mestre, como alguns oposicionistas consideram, Leco foi direto:
- A tal tacada de mestre, na verdade, só mostrou a pequenez dele (Marco Aurélio). Ele que tanto esbravejou no começo, falando em ser candidato. Na verdade, até nos surpreendeu ter acontecido agora, achamos que ia continuar falando mais tempo - afirmou o vice de Juvenal Juvêncio.
Leco é apontado como um dos possíveis sucessores de Juvenal, que também cogita lançar Roberto Natal ou Júlio Casares, com menos força. Polêmico nas declarações, como é de seu costume, o vice também comentou uma possível disputa com Abdalla pelo principal cargo do clube e disse que, ao contrário do que Abdalla já cogitou, descartou qualquer possibilidade de o advogado ser lançado como candidato único, no caso, com o apoio da situação.
- Não existe essa possibilidade. Ele faz isso para colocar em benefício próprio um suposto apoio que teria dos dois lados, mas isso não existe. E, caso eu venha a enfrentá-lo, tenho certeza de que estaremos muito forte - disse, lançando um sorriso depois.
A corrida presencial no São Paulo foi iniciada por Marco Aurélio Cunha, que se lançou candidato em maio deste ano, postura que desagradou à situação, acusando Marco de antecipar as discussões. Nesta semana, porém, houve uma reviravolta, e o vereador, como já havia cogitado, desistiu da candidatura para apoiar Kalil Abdalla. Com maior aceitação no Conselho, Kalil renunciou ao cargo na diretoria para poder se lançar como postulante à presidência.